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Resultado contra partidos majoritários britânicos coloca Ukip como uma das principais forças políticas do país
O Ukip (Partido Independente do Reino Unido), de extrema-direita, recebeu um número expressivo de votos nas eleições locais realizadas nesta quinta-feira (02/05). O resultado coloca o partido como uma das principais forças políticas do país. Desde a Segunda Guerra Mundial, uma corrente política que concorreu as eleições no quarto posto não conquistava uma vitória expressiva em relação aos três partido majoritários britânicos: Conservador, Trabalhista e Liberal-Democrata.
A apuração de votos na maior parte dos 34 conselhos e distritos municipais que votaram ainda não acabou. No entanto, alguns resultados mostram a ascensão do Ukip – que defende planos antieuropeus e anti-imigração. A sigla conseguiu 42 mandatos nos sete círculos onde a contagem já está encerrada (quase três vezes mais do que o total de vereadores que elegeu em 2009), vencendo a disputa com conservadores em dois municípios. Em Lincolnshire, distrito tradicionalmente conservador, a extrema-direita conseguiu eleger 16 vereadores, se tornando principal partido da oposição.
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Nigel Farage, principal líder do Ukip, acredita que resultado das eleições pode mudar a história da política no Reino Unido
Em entrevista a BBC de Londres, John Curtice, professor de Política da Universidade de Strathclyde, explicou que o partido pode atingir 26% de votos nos municípios onde apresentou candidatos, muito acima do que apontavam as pesquisas de boca de urna “É um desempenho fenomenal”, afirma.
Revés conservador
Segundo informações do jornal português O Público, o Partido Conservador, que já esperava pagar nas urnas o preço das medidas de austeridade do governo de David Cameron, pode sofrer um revés ainda maior do que o esperado. “Sim, nós percebemos”, reagiu Grant Shapps, presidente dos tories quando confrontado com os resultados dos rivais de direita. O partido manteve cinco dos sete municípios já escrutinados, mas prepara-se para ver vários outros fugir para os trabalhistas.
Mesmo sem representação no Parlamento britânico, Farage sublinhou que o maior obstáculo para o crescimento do partido é o atual sistema eleitoral, que favorece grandes partidos. No entanto, afirma que isso não impedirá de mudar a política britânica, seja forçando o partido conservador a aproximar-se da direita, seja mesmo forçando a sua entrada em Westminster nas próximas eleições.
“Não penso que os votos desta quinta-feira (02) vão desaparecer assim tão depressa”, afirmou, sublinhando que o Ukip parte “numa posição muito forte” para as eleições gerais de 2015 - quando os britânicos nomeiam os membros do Parlamento.
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