sábado, 14 de novembro de 2015

Primeiro-ministro russo pede união contra extremismo 15/11/2015



"Somos solidários com a dor e com o luto do povo francês e não há desculpa para atentados terroristas", disse Dimitri Medvedev, o primeiro-ministro russo; ele pontuou, no entanto, que a tragédia em Paris mostra a necessidade de "ação conjunta" da comunidade internacional contra o extremismo; Rússia passou a combater o Estado Islâmico, mas sob críticas do Ocidente

14 de Novembro de 2015 às 07:51


247 – O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, pediu união contra o extremismo, ao comentar a tragédia de ontem em Paris.

"Somos solidários com a dor e com o luto do povo francês e não há desculpa para atentados terroristas", disse ele, que, em seguida, fez uma ponderação.

"A tragédia em Paris exige que nos unamos na luta contra o extremismo e que resistamos de forma resoluta ao terrorismo".

Recentemente, a Rússia passou a atacar o Estado Islâmico, mas passou a receber críticas do Ocidente, cujos bombardeios à Síria têm como objetivo central a derrubada do regime de Bashar al-Assad."

Leia, ainda, manifestações de outros líderes mundiais:

Líderes mundiais manifestam solidariedade após série de ataques em Paris


Por Alastair Macdonald

LONDRES (Reuters) - Líderes mundiais reagiram com indignação e promessas de solidariedade à França após a morte de dezenas de pessoas em ataques em Paris na noite desta sexta-feira, embora não pudessem tomar qualquer ação imediatamente.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas emitiu uma declaração condenando os "bárbaros ataques terroristas e covardes" envolvendo criminosos usando armas e bombas em vários locais, incluindo o estádio nacional de esportes e uma grande casa de shows.

Divididos em muitas questões, incluindo a guerra na Síria que tem alimentado a violência islâmica, os Estados Unidos e a Rússia expressaram seu apoio em mensagens ao presidente francês, François Hollande.

"Mais uma vez nós vimos uma tentativa ultrajante para aterrorizar civis inocentes", disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Estamos preparados e prontos para prestar qualquer assistência que o governo e o povo da França precisem."

"Aqueles que pensam que podem aterrorizar o povo da França ou os valores que representa estão errados", disse Obama.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas profundas condolências a Hollande e a todo o povo da França após os "ataques terroristas horríveis em Paris", segundo o Kremlin em comunicado.

"A Rússia condena veementemente esta matança desumana e está pronta para fornecer toda e qualquer ajuda para investigar esses crimes terroristas."

Em janeiro, um ataque à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo deixou 12 pessoas mortas. Um segundo cerco terminou com a morte de quatro reféns.

A aliança de defesa ocidental Otan afirmou que está ao lado da França, um dos membros fundadores. O secretário-geral, Jens Stoltenberg, disse: "Estou profundamente chocado com os terríveis ataques terroristas em toda Paris hoje à noite. Meus pensamentos estão com as famílias das vítimas, com todos os afetados e com o povo da França", disse ele.

"Estamos fortes e unidos na luta contra o terrorismo. O terrorismo nunca vai derrotar a democracia."

O governo brasileiro manifestou "profunda consternação pela série de bárbaros atentados ocorridos na noite desta sexta-feira em Paris", segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

"Ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação", afirmou o Itamaraty.

Na Europa, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, cujo ministro das Relações Exteriores assistia ao jogo de futebol entre França e Alemanha com Hollande quando o estádio foi atacado, disse: "Estou profundamente abalado com as notícias e fotos que estão chegando de Paris."

"O governo alemão está em contato com o governo francês e enviou uma mensagem de condolências e solidariedade em nome do povo alemão."

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou estar "chocado". "Nossos pensamentos e orações estão com o povo francês. Faremos o que pudermos para ajudar."

Em Bruxelas, os líderes das instituições da União Europeia, que tem tentado coordenar as respostas de segurança desde os ataques islâmicos ocorridos em janeiro em Paris, também se manifestaram.

"Estou confiante de que as autoridades e o povo francês vão superar este novo sofrimento", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, declarou que estava acompanhando a situação "horrorizado".

(Reportagem de Alastair Macdonald)

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/205175/Primeiro-ministro-russo-pede-uni%C3%A3o-contra-extremismo.htm


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