Finalmente apareceu um colunista a colocar ordem na confusão.
Ilimar Franco, em O Globo, mostra que dois terços dos 313 votos que aprovaram o que a ministra Cármem Lúcia chamou de “texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário” na Câmara, ontem, são do partido de Michel Temer e dos seus aliados na base governista.
A contabilidade do “foi sem querer querendo”:
(…)os líderes governistas Baleia
Rossi (PMDB), Aguinaldo Ribeiro (PP), Aelton de Freitas (PR), Jovair
Arantes (PTB), Tadeu Alencar (PSB — em exercício), Genecias Noronha
(Solidariedade) e Márcio Marinho (PRB).
O partido do presidente Temer, o PMDB,
foi o campeão de votos. Votaram contra o Judiciário 46 dos 56 deputados
presentes à votação. Entre estes estão um dos históricos da legenda,
Jarbas Vasconcelos (foto), e o irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima,
Lúcio.
O DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
compareceu com 17 de seus 25 votos, entre eles, um de seus quadros,
José Carlos Aleluia. O relator do projeto 4850/2016, Onyx Lorenzoni, foi
derrotado em seu própio partido. O PSDB deu sua ajudinha com nove
votinhos de 42 presentes.
O PRB, do prefeito eleito do Rio, Marcello Crivella,
também votou contra o Judiciário. Foram 17 de seus 25 deputados
presentes. O partido (PSD) do ministro Gilberto Kassab (Ciência e
Tecnologia), deu 20 votos de 33. O PSB, do ministro Fernando Coelho
Filho (Minas e Energia) com 16 dos 28 presentes.
No PR, foram 29 de 35 votos. Entre
estes, o de José Carlos Araújo, que presidiu a Comissão do Impeachment
do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O Solidariedade entrou com
oito de seus 12 votos, inclusive o de seu fundador, Paulinho da Força.
Isso com a mídia em cima, transformando todos que se opusessem ao
projeto da “Força Tarefa”, que a chefia da PGR e o Supremo não tiveram
autoridade para frear e reduzir a termos civilizados, deixando que se
apresentassem verdadeiras monstruosidades jurídicas, como validação de
prova ilícita, “pegadinhas de integridade” e a “bolsa dedo-duro”.Foram estes mesmos senhores que deram fim ao governo eleito, legítimo, sob a passiva anunência do Judiciário “imdependente”, que permitiu por sete meses que um facínora como Eduardo Cunha ficasse no comando da casa e pusesse a votar, daquele domingo da vergonha, o afastamento de Dilma Rousseff.
Tem muita gente na bancada evangélica, dá para pedir uma Bíblia emprestada e ler lá, na Carta de São Paulo aos Gálatas: “O que o homem semear, isso colherá”.
http://www.tijolaco.com.br/blog/votacao-deu-ruim-dra-carmem-reclame-com-michel-e-sua-turma/
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