"Israel planeja lançar satélites de base no Brasil" 20.05.11
O  Ofeq 10, próximo satélite-espião de Israel, deverá ser lançado do  Brasil (IAI/Divulgação)Um acordo de cooperação militar que está sendo  fechado entre Brasil e Israel, poderá viabilizar o lançamento de  satélites israelenses no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), no  Maranhão. O projeto está sendo discutido entre o Ministério da Defesa e a  EAS Soluções Aeroespaciais – uma joint venture entre a estatal Israel  Aerospace Industries (IAI) e o grupo Synergy, que controla a companhia  aérea Avianca.“Estamos no estágio de pesquisa técnica e ainda não há  previsão de quando será o lançamento. Mas essa vontade existe há muito  tempo”, afirma Renato Cianflone, diretor de Novos Negócios da EAS. O  objetivo é colocar em órbita, a partir da base maranhense, o  satélite-espião Ofeq-10 – o equipamento, que será utilizado para  comunicação militar, ainda está em fase de testes.As relações militares  entre Brasil e Israel tiveram grande avanço no final de 2009, quando
  o ministro da Defesa, Nelson Jobim, recebeu o presidente de Israel,  Shimon Peres, em Brasília. Na época, Jobim afirmou que um acordo na área  de Defesa estava sendo negociado. O documento está na etapa final de  elaboração e precisa ser ratificado pelos dois países antes de ir para  aprovação no Congresso Nacional.O acordo fornece base legal para  projetos no campo aeroespacial, o que abre caminho para que lançamentos,  de fato, ocorram em Alcântara. A partir de então, a IAI – que há duas  décadas vem demonstrando interesse em realizar projetos no país – pode  concretizar a parceria com o grupo Synergy, que pertence ao empresário  German Efromovich, para explorar este mercado no Brasil.Interesses no  Brasil – O Centro de Lançamentos de Alcântara despertou a atenção da IAI  por inúmeras razões. Segundo a publicação americana Space News, Israel  tem buscado opções de lançamento de satélites ao redor do mundo. Com  apenas 20.700 quilômetros quadrados de área, um pouco menor que o estado  de Sergipe, as autoridades locais preocupam-se em ocupar, ao máximo,  seu território com indústrias. Assim, o governo do país busca a  cooperação de outras nações para conseguir operar seu lançador Shavit  2.A escolha do Brasil, segundo fontes do setor aeroespacial, dá-se por  duas razões: a localização de Alcânta
ra  – considerada privilegiada se comparada a outras bases da América  Latina – e a possibilidade de conseguir estreitar relações comerciais  com o país, sobretudo no que se refere à demanda brasileira por serviços  de satélite.O interesse de Israel em fortalecer laços econômicos com o  país resultou também em encontros com o empresariado brasileiro. Uma  missão comandada pelo ministro da Indústria, Comércio e Trabalho  israelense, Shalom Simhon, chegou ao país na última segunda-feira para  se reunir com presidentes de empresas de São Paulo. O foco do encontro  foi a discussão de oportunidades nas áreas de biocombustíveis e  telecomunicações. Outro ponto de interesse da missão foi o oferecimento  de parcerias com empresas israelenses que têm intenção de investir em  projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de  2016.Base de Alcântara – O Centro de Lançamento de Alcântara é vinculado  aos ministérios da Defesa e de Ciência e Tecnologia. A base nunca  colocou em órbita um satélite, apenas sondas e pequenos foguetes. O  primeiro a ser lançado de lá deverá ser o Ciclone, previsto para 2012, e  que resulta de um acordo bilateral entre Brasil e Ucrânia. A base de  lançamento está sendo construída por um consórcio de construtoras  brasileiras – liderado pela Andrade Gutierrez e Odebrecht – e será  operado pela estatal binacional Alcântara Cyclone Space. Em 2003, uma  explosão durante o lançamento de uma sonda meteorológica em Alcântara  matou 21 pessoas.http://inteligenciabrasileira.blogspot.com/
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