quinta-feira, 22 de maio de 2014

Navalha na Carne - O PT e o combate à corrupção


COMBATE FRONTAL À CORRUPÇÃO -

 Um dos debates mais distorcidos no Brasil atual é aquele que versa sobre o tema da corrupção. Tentarei, ao menos em parte, desmistificar um pouco este assunto. Há muito palavrório e mentiras a respeito deste tema, portanto, é preciso ver o que realmente está acontecendo e acabar com as falácias.

Nunca houve tanto combate à corrupção quanto nos governos do PT. E provo isto com dados estatísticos, não com devaneios, delírios ou íntimos desejos. Vamos aos fatos.

Operações da Polícia Federal do Brasil:

-2003: 16
-2004: 42
-2005: 67
-2006: 167
-2007: 188
-2008: 235
-2009: 288
-2010: 270
-2011: 260
-2012: 289
-2013: 296

-Total (11 anos): 2.118 operações da Polícia Federal
-Média anual - 2003/2013: 192,5 operações

Até o dia 19 de maio deste ano de 2014, a Polícia Federal já realizou 85 operações.

Agora, o dado fatal:

-Oito anos de FHC/PSDB: apenas 28 operações da Polícia Federal.

Estes dados das operações da Polícia Federal, indesmentíveis, comprovam que antes dos governos de Lula e Dilma, absolutamente nada era investigado neste país. Não foi a corrupção que aumentou, mas sim o combate frontal à mesma.

Por fim, recordem da triste e tenebrosa figura do antigo Procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro. Ele foi alcunhado corretamente naquela época de 'Engavetador Geral da República'.

Este cidadão jamais venceu os pleitos internos no Ministério Público Federal, nunca ficou em primeiro lugar nas listas tríplices do Ministério Público Federal e mesmo assim foi conduzido à chefia do órgão em 1995, por FHC. E posteriormente foi reconduzido em três vezes consecutivas (1997, 1999 e 2001).

Nunca antes na história deste país um governo foi tão absurda e descaradamente blindado dos mal feitos, como foi no passado recente, o governo tucano de FHC.

Poucos recordam destes fatos, da blindagem escancarada que escandalizava a oposição e o próprio Ministério Público naqueles idos tempos. Pois bem, foi justamente para se contrapor a este escândalo do PSDB, e da "grande mídia" que sempre lhe deu cobertura, que o PT optou por mudar diametralmente este tipo de procedimento.

A partir do governo Lula (Dilma manteve o critério) a chefia do Ministério Público sempre coube ao procurador mais bem votado nas listas tríplices do MP. Isto garantiu uma autonomia e uma independência investigativa jamais vista em toda a história do Ministério Público Federal.

E isto, é bem verdade, causou problemas incomensuráveis para o próprio PT, sem dúvida alguma.

Foi com base neste critério, de prestígio do Ministério Público, que nos governos do PT o mais bem colocado nas listas tríplices foi alçado a condição de Procurador Geral da República, independentemente das simpatias ou antipatias que tivesse em relação ao governo federal.

Lembremo-nos dos indicados:

-Cláudio Fonteles, em 2003;
-Antonio Fernando de Souza, em 2005 e 2007;
-Roberto Gurgel, em 2009 e 2011;
-Rodrigo Janot, em 2013.

Isto foi uma conquista importantíssima do povo brasileiro, ou será que gostaríamos de voltar ao tempo da blindagem escancarada, da inoperância da Polícia Federal e do Ministério Público Federal?

Ou será que gostaríamos de voltar ao tempo onde a sujeira era solenemente varrida para debaixo do tapete e onde as gavetas ficavam cheias e trancafiadas?

Muitos dos gritadores atuais, que bradam a plenos pulmões "contra a corrupção", e sofredores de amnésia seletiva que são, estão na verdade é com saudades dos tempos em que eles eram governo e faziam o que bem entendiam, ao arrepio da lei e das instituições da república.

Em verdade, sentem saudades dos tempos onde nada era investigado (ou se investigava somente os inimigos), e também sentem saudades dos tempos onde a mídia venal encobria os mal feitos dos seus lacaios parlamentares de estimação.


Diogo Costa

http://jornalggn.com.br/noticia/fora-de-pauta-230#comments

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