segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Ato contra Temer reúne 20 mil em SP mesmo após violência da PM 19/09/2016



População mostrou indignação. Ao defenderem ambulante, manifestantes tiveram como resposta da PM violência e jatos de spray de pimenta no rosto Escrito por: Vanessa Ramos/CUT-SP
 • Publicado em: 19/09/2016 - 09:48






(André Lucas/CHOC Documental) André Lucas, fotógrafo do CHOC documental é agredido por PM ao registrar manifestação em SP

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniram 20 mil pessoas neste domingo (18) em protesto contra o ilegítimo governo de Michel Temer. Também pelas Diretas Já e por Nenhum Direito a Menos, a atividade na Avenida Paulista contou com apresentações culturais e a participação de políticos e representantes dos movimentos sindical e sociais.

Mais uma vez, a Polícia Militar de São Paulo deu exemplo de violência descabida durante a manifestação pacífica. Mostrando despreparo, agrediu uma vendedora ambulante. As pessoas presentes mostraram indignação e, ao defenderem a mulher, tiveram como resposta violência e jatos de spray de pimenta no rosto. Em foto divulgada nas redes sociais, um sargento da PM tentou arrancar à força o celular de uma repórter dos Jornalistas Livres.

Ex-senador e candidato a vereador em São Paulo, Eduardo Suplicy disse que irá cobrar respostas do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a violência da PM. Contudo, mesmo com a ação truculenta dos policiais, as pessoas permaneceram na atividade, curtiram as atrações artísticas ao lado de suas famílias e, unidas, gritaram “Fora Temer” até o final.Mais de 50 movimentos participaram do ato (Foto: Roberto Parizotti/CUT)

Resistir e avançar


Este é o terceiro ato que ocorre aos domingos na capital, desde o golpe aplicado por meio do impeachment contra Dilma Rousseff, presidenta eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, segundo lembra o secretário de Mobilização da CUT São Paulo, João Batista Gomes.
“Fizemos mobilizações não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil. Definimos nacionalmente que somos pelas Diretas Já, mas também não acreditamos neste Congresso e nem nos representantes do STF (Supremo Tribunal Federal), o que nos faz defender uma constituinte pela reforma do sistema político”, afirma o dirigente cutista.

Raimundo Bonfim, coordenador da CMP em São Paulo, lembrou que os movimentos sociais não reconhecem o governo de Temer porque além de derivar de um golpe com aparência de legalidade, ele representa o retrocesso de direitos trabalhistas e sociais.

“Querem desmontar a Previdência, alterar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e dar fim aos programas sociais. Querem entregar o pré-sal e subordinar o Brasil aos interesses das multinacionais, do imperialismo. Permaneceremos nas ruas em defesa de nossa soberania, denunciando o golpe até o fim.”

Durante o ato, os movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, como a CUT e a da Central de Movimentos Populares (CMP), convocaram a população para o próximo 22 de setembro, Dia Nacional de Paralisação e Mobilização Rumo à Greve Geral. Atualmente, várias categorias realizam ações e greves pelo país, como servidores, bancários, metalúrgicos e petroleiros.

Além das paralisações, haverá ato na próxima quinta-feira (22) em São Paulo, a partir das 16h, com concentração no Masp, na Av. Paulista, 1578.

Clique aqui para ver o álbum de fotos do ato



http://www.cut.org.br/noticias/ato-contra-temer-reune-20-mil-em-sp-mesmo-apos-violencia-da-pm-c121/

Nenhum comentário:

Postar um comentário