Grupo fascista invade a Câmara Federal
Da revista CartaCapital:
Os integrantes do grupo - que afirmaram não pertencer a nenhuma organização - saíram da Comissão de Educação, dirigiram-se ao Salão Verde da Câmara e adentraram no plenário Ulysses Guimarães.
Durante a invasão, houve empurra-empurra e embate com a Polícia Legislativa. A segurança da Câmara também expulsou a imprensa do local durante o tumulto.
Uma parte dos manifestantes segue dentro do plenário e se recusa a sair. O Salão Verde, contíguo ao local de debates e votações da Casa, foi isolado, e a Polícia Legislativa cogita usar a força para retirá-los do local.
Em meio à confusão, quebraram uma porta de vidro do plenário, interrompendo a sessão presidida pelo primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Com gritos de "só um general pode salvar o Brasil" e "general aqui", o grupo também diz protestar contra projetos de lei capazes de "frear" a Operação Lava Jato.
Em entrevista, um homem que se identificou como Jefferson Vieira Alves e empresário da construção civil, disse que o grupo financiou sua ida a Brasília que confiava nos militares. "Queremos um general que venha para tomar providências”, disse.
Para o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a manifestação não aparenta ter conexão com uma suposta movimentação das Forças Armadas. "Não tem indício de que o movimento esteja conectado com qualquer ação militar. Não me parece que seja um movimento organizado por Forças [Armadas]. Me parece que é um movimento organizado por pessoas que simpatizam com a ideia e que estão tentando legitimar essa ideia".
Pelo Twitter, parlamentares como Érika Kokay (PT-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali manifestaram-se sobre o incidente.:
Érika Kokay: Ataque da extrema direita ao Plenário da Câmara é subproduto do golpe contra a democracia. São os ovos de serpente eclodindo.
Gritando palavras de ordem a favor do projeto Escola Sem Partido e de uma intervenção militar,
um grupo de cerca de 50 manifestantes invadiu o plenário da Câmara dos
Deputados na tarde desta quarta-feira, 16. Membros do grupo também
gritavam que é preciso "fechar o Brasil", "viva Sérgio Moro", em alusão
ao juiz da Operação Lava Jato, e "a nossa bandeira jamais será
vermelha".
Os integrantes do grupo - que afirmaram não pertencer a nenhuma organização - saíram da Comissão de Educação, dirigiram-se ao Salão Verde da Câmara e adentraram no plenário Ulysses Guimarães.
Durante a invasão, houve empurra-empurra e embate com a Polícia Legislativa. A segurança da Câmara também expulsou a imprensa do local durante o tumulto.
Uma parte dos manifestantes segue dentro do plenário e se recusa a sair. O Salão Verde, contíguo ao local de debates e votações da Casa, foi isolado, e a Polícia Legislativa cogita usar a força para retirá-los do local.
Em meio à confusão, quebraram uma porta de vidro do plenário, interrompendo a sessão presidida pelo primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Com gritos de "só um general pode salvar o Brasil" e "general aqui", o grupo também diz protestar contra projetos de lei capazes de "frear" a Operação Lava Jato.
Em entrevista, um homem que se identificou como Jefferson Vieira Alves e empresário da construção civil, disse que o grupo financiou sua ida a Brasília que confiava nos militares. "Queremos um general que venha para tomar providências”, disse.
Para o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a manifestação não aparenta ter conexão com uma suposta movimentação das Forças Armadas. "Não tem indício de que o movimento esteja conectado com qualquer ação militar. Não me parece que seja um movimento organizado por Forças [Armadas]. Me parece que é um movimento organizado por pessoas que simpatizam com a ideia e que estão tentando legitimar essa ideia".
Pelo Twitter, parlamentares como Érika Kokay (PT-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali manifestaram-se sobre o incidente.:
Érika Kokay: Ataque da extrema direita ao Plenário da Câmara é subproduto do golpe contra a democracia. São os ovos de serpente eclodindo.
Érika Kokay: Alguns golpistas ficaram surpresos com a invasão.
Queriam o quê? Pisotearam a Constituição, deram voz ao fascismo e agora
falam em democracia
Maria do Rosário: Parlamentares que criam cuervos dessa direita,
alimentando quem é contra democracia, prestem atenção no discurso dos
que vão comer seus olhos.
Jandira Feghali: Não vou dar audiência para esse grupo que invadiu a Câmara. Lamentável.
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