quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Repatriação do ouro devolve controle monetário à Venezuela 31/01/2012


O objetivo do governo venezuelano em repatriar o ouro depositado no exterior é devolver ao país o controle monetário e defender a soberania nacional, declarou Rodrigo Cabezas, presidente do Parlamento Latino-americano (Parlatino)-Capítulo Venezuela, nesta terça (31).


Cabezas recordou que, com os acordos feitos na década de 1980, grande parte dessas reservas de ouro foi enviada ao exterior como garantia de pagamento da administração venezuelana daquele momento para a obtenção de financiamento de organismos internacionais como o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, agora foi tomada a decisão, em um momento de crise econômica no planeta, de retomá-lo para os cofres do Banco Central da Venezuela (BCV), destacou o parlamentar.

Em declarações para o programa televisivo Toda Venezuela, Cabezas considerou de grande relevância que a reserva monetária desse metal esteja resguardada nos cofres venezuelanos e não em instituições financeiras que podem atentar contra a soberania econômica do país.

"Nós, venezuelanos patriotas, sentimo-nos orgulhosos com esse resgate e com a segurança de que esses recursos estão em nossos cofres e não nos países em crise", indicou.

Na sua opinião, está claro que a União Europeia entra em recessão este ano, o que significa aumento da dívida soberana e baixa da produção, o que aumenta a instabilidade das instituições bancárias, e "esta é a razão pela qual o BCV toma a decisão de trazer o ouro ao país", disse.

Na segunda (30) chegou à Venezuela uma carga de 14 toneladas de ouro com um valor equivalente a 70 milhões de dólares, montante com o qual foi concluído o processo de repatriação das reservas auríferas a esta nação.

Este último lote soma 160 toneladas desse metal precioso repatriado, somando um valor total de cerca de nove bilhões de dólares, e que permanecerá custodiado pelo BCV a fim de garantir a estabilidade econômica diante de algum problema emergente.

Fonte: Prensa Latina

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