A Volvo Construction, divisão de máquinas de construção da marca sueca, reordenou o processo de produção mundial e colocou a fábrica do Brasil sob controle da direção nos EUA.O objetivo, segundo o presidente para a América Latina da empresa, Yoshio Kawakami, é ampliar o leque de produtos oferecidos, principalmente, por causa da demanda gerada nos setores de portos, aeroportos, rodovias, habitação e urbanização.
O Brasil é o principal mercado da Volvo na América Latina. Do total de vendas na região no ano passado, 67,8% foram feitas no país. Ao todo, foram comercializadas 4.413 unidades em 2011, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pela empresa.Até o final do ano passado, a fabricação brasileira estava ligada a um grupo de países da Ásia, leste europeu, Oriente Médio e África, cujas demandas de mercado ficaram distantes e muito diversificadas. "Agora, na ligação com os EUA, tudo ficará mais fácil", disse Kawakami.O reordenamento vai incluir o desenvolvimento de produtos voltados especificamente para o mercado nacional. Engenheiros brasileiros fazem parte do investimento nos dois centros de pesquisa e desenvolvimento --um na Europa e outro na China.Ainda não há investimentos específicos com a medida, mas a fábrica da Volvo Construction em Pederneiras (320 km de São Paulo) vai receber US$ 11,4 milhões para ampliações, renovação de produtos e expansão da linha oferecida. Somando os investimentos entre 2010 e 2011, são US$ 22,2 milhões.No Brasil, a marca ainda quer aumentar a importação de máquinas voltadas ao setor de petróleo e gás. Segundo o presidente, as unidades ainda são mínimas. "Tem mercado para ao menos 20 unidades, de início", afirmou, relatando demanda em outros países da América do Sul.No ano passado, o Brasil registrou vendas totais de 25 mil máquinas de construção. O potencial para 2020, de acordo com Kawakami, é dobrar. Os principais players do setor são Caterpillar, Komatsu, Case e Hyundai. No mundo, a Volvo vendeu 84 mil unidades e faturou US$ 10 bilhões.Os novos processos de produção, além de incluir o Brasil (e América Latina aos EUA), isolou a China, aglutinou países da Ásia e da região do oceano Pacífico, e da Europa com a África e Oriente Médio. Mais uma vez, a demanda obrigou a medida pela Volvo.Segundo o presidente para a América Latina, a China é responsável por 50% da demanda de máquinas de construção no mundo. No país asiático, a Volvo Construction é a terceira no ranking nacional e a primeira entre as ocidentais em vendas.
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