DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O empréstimo de € 130 bilhões acertado com o "trio" no ano passado tem sua liberação pendente de que a Grécia se comprometa com um novo pacote de severos cortes de gastos públicos, de modo a reduzir o deficit público e a dívida nacional.
Em um país que caminha para o quinto ano consecutivo de recessão, e sob forte reação popular, a adoção de tais medidas enfrenta forte resistência da coalizão que apoia o gabinete do primeiro-ministro Lucas Papademos.
Após um final de semana de negociações, sem resultados aparentes, Papademos deve voltar a se reunir com os líderes partidários da coalizão, em meio a fortes pressões da União Europeia.
O anúncio de hoje, portanto, embora não contemple todas as iniciativas exigidas pela 'troika' (que pede cortes em gastos públicos na área de saúde e defesa, entre outras), é um sinal de mudança na postura grega.
Responsável pelo anúncio, o ministro Dimitris Repas (reforma do setor público) disse que os cortes de empregos serão feitos sob uma nova lei que vai permitir as demissões.
"Nós nos opomos a demissões indiscriminadas. A redução da força de trabalho está estritamente conectada com a reestruturação dos serviços e organismos de cada ministério", comentou, sem dar maiores detalhes sobre o plano de demissão.
Antes mesmo do anúncio, os sindicatos gregos já haviam convocado uma greve de 24 horas nesta terça-feira. E hoje, cerca de 4.000 protestaram sob fortes chuvas na região central de Atenas, contra a adoção das novas medidas de austeridade fiscal.
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