quinta-feira, 29 de março de 2012

Comemoração do golpe militar no Rio de Janeiro termina com repressão a manifestantes 29/03/2012

Da Redação
A festa em comemoração ao aniversário do golpe militar de 1964, realizada na tarde desta quinta-feira (29), na sede do Clube Militar, no Rio de Janeiro, terminou como na época em que os que celebravam estavam no poder: choque elétrico, bomba de efeito moral e spray de pimenta. Centenas de manifestantes protestaram em frente ao Clube, que fica na Cinelândia, coração da capital fluminense, bloqueando a entrada para a festa, entoando gritos de ordem e empunhando cartazes que lembravam pessoas desaparecidas.
Viaturas da Polícia Militar foram chegando ao local até serem mais de uma dezena. O Batalhão de Choque também foi acionado para desbloquear a esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Santa Luzia. Sprays de pimenta foram utilizados indiscriminadamente, bem como bombas de efeito moral. Pelo menos um manifestante foi preso, o que gerou reação dos manifestantes e, logo, mais repressão.
Segundo o jornal O Globo, o estudante de Ciências Sociais Antônio Canha, de 20 anos, foi atingido por um tiro de descarga elétrica de uma pistola Taser disparado pela PM. Estilhaços de bomba de efeito moral feriram a barriga de Miriam Caetano, de 33 anos. Vários manifestantes foram atingidos por spray de pimenta, como é possível ver em vídeos postados na internet.
Muitos militares e demais convidados saíram da “festa” pela porta dos fundos. Outros foram escoltados por policiais. Testemunhas relataram nas redes sociais que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) esteve na comemoração e ficou na janela do clube acenando ironicamente para os manifestantes.


Com informações de O Globo


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