sábado, 27 de julho de 2013

SP: Após invasão de Black Blocs, passeata termina com 13 bancos depredados 27/07/2013

Doze manifestantes chegaram a ser retidos pela polícia para averiguação, mas foram liberados após 20 minutos

Bárbara Ferreira Santos - O Estado de S. Paulo

Objetivo inicial dos manifestantes era apoiar os atos contra o governador Sérgio Cabral no Rio de Janeiro José Patrício/Estadão
 
Uma passeata pacífica de 300 pessoas na Avenida Paulista em apoio aos protestos cariocas se transformou em uma marcha de depredação. Doze anarquistas mascarados dos Black Blocks tomaram a liderança do ato, depredaram pelo menos 13 agências bancárias e queimaram um veículo da Rede Record. Uma faixa contra o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), foi aberta.
Grupo de manifestantes tombou e quebrou os vidros de um veículo da Rede Record - José Patrício/AE
José Patrício/AE
Grupo de manifestantes tombou e quebrou os vidros de um veículo da Rede Record
Na altura do Viaduto Pedroso, enquanto o grupo seguia em direção ao centro com o intuito de ir até a Prefeitura, a Polícia Militar chegou em seis carros da Força Tática e motos de apoio e jogou bombas de efeito moral nos manifestantes. No entanto, eles continuaram o caminho pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio e voltaram para a Avenida Paulista.
A marcha só terminou quando o grupo foi bloqueado por viaturas da PM perto do Shopping Pátio Paulista. Doze manifestantes chegaram a ser retidos pela polícia para averiguação, mas liberados depois de 20 minutos. Um deles ainda reclamou que havia sido atingido por um PM com um cassetete.
A tropa de choque anarquista tomou a frente da passeata por volta das 20h, quando o grupo estava perto da Estação Brigadeiro do Metrô. Na Avenida 23 de Maio, eles pararam um ônibus biarticulado e bloquearam a via no sentido zona sul, enquanto os manifestantes a pé fechavam o lado oposto. Mas logo a PM chegou e liberou o ônibus.
A essa altura, metade dos manifestantes que estava desde o começo, no vão livre do Masp, já tinha desistido do ato. Entre eles, os organizadores e o Grupo de Apoio ao Protesto Popular, voluntários que dão suporte a manifestações pacíficas. "Não apoiamos nenhum tipo de depredação do patrimônio público ou privado", disse, quase às lágrimas, o publicitário e integrante do grupo Alexandre Morgado, de 29 anos.
O grupo saiu do protesto ainda na Avenida Paulista, por volta das 19h30, momento em que os manifestantes bloqueavam a via no sentido Paraíso. No caminho, os Black Blocks atacaram agências bancárias, quebraram lixeiras e um relógio público e picharam o símbolo do anarquismo em todo lugar, entre eles nas Estações Brigadeiro e Trianon-Masp. Parte dos manifestantes ainda colocou fogo em sacos de lixo e destruiu duas cabines da PM, que foram jogadas na pista.
Enquanto isso, a PM só observava. Um tenente afirmou ao Estado que a ordem era não intervir. Quando um dos manifestantes pacíficos questionou sobre a falta de ação a um outro soldado, o PM respondeu: "Se você for até a delegacia e identificar eu vou levar (o suspeito de vandalismo). Se não, não posso."
 O grupo saiu do protesto ainda na Avenida Paulista, por volta das 19h30, momento em que os manifestantes bloqueavam a via no sentido Paraíso. No caminho, os Black Blocks atacaram agências bancárias, quebraram lixeiras e um relógio público e picharam o símbolo do anarquismo em todo lugar, entre eles nas Estações Brigadeiro e Trianon-Masp. Parte dos manifestantes ainda colocou fogo em sacos de lixo e destruiu duas cabines da PM, que foram jogadas na pista.
Enquanto isso, a PM só observava. Um tenente afirmou ao Estado que a ordem era não intervir. Quando um dos manifestantes pacíficos questionou sobre a falta de ação a um outro soldado, o PM respondeu: "Se você for até a delegacia e identificar eu vou levar (o suspeito de vandalismo). Se não, não posso."

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