Operação Saqueador, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, cumpre mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Goiás; ação seria um desdobramento das investigações iniciadas com a CPI do Cachoeira; 100 agentes e delegados participam da operação; PF está convencida de que o crime de lavagem de dinheiro está comprovado com indícios de transferências milionárias de recursos da empresa de engenharia para sociedades de fachada
Goiás247_ Cerca de 100 agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca de apreensão na manhã desta terça-feira (1º) nas sedes da construtora Delta em Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. A ação faz parte da operação Saqueador, realizada em conjunto entre a PF e o Ministério Público Federal. O objetivo é obter novas provas contra o ex-presidente da construtora, Fernando Cavendish. Investigação encontrou fortes indícios de que a Delta integra um esquema que transfere quantias milionárias para sociedades de fachada.
A operação é um desdobramento da CPI do Cachoeira no Congresso Nacional, que investigou a relação da Delta e de agentes públicos com o esquema de jogo ilegal comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. O escândalo veio à tona com a Operação Monte Carlo, no primeiro semestre do ano passado.
De acordo com informações preliminares, a PF está convencida de que o crime de lavagem de dinheiro está comprovado diante da existência de fortes indícios de "transferências milionárias de recursos da empresa de engenharia para sociedades de fachada".
A comprovação de que houve desvio de dinheiro público deverá ser feita por perícia contábil financeira, informa o Estadão. Os peritos da Polícia federal vão analisar toda a documentação apreendida na Operação Saqueador.
A Delta era a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até surgir o escândalo Cachoeira. A empresa foi considerada pela Controladoria-Geral da União "inidônea" em junho do ano passado durante a CPI. Em dezembro, a Comissão foi encerrada sem apontar responsáveis. Em razão do escândalo, Cavendish deixou o Conselho de Administração da empresa.
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