Por Redação
Na época, Temer disse que estava sendo pressionado pela bancada do PMDB para que Cerveró deixasse o cargo na estatal. Na mesma época, Cerveró foi procurado por um representante da bancada do partido para “estabelecer um acordo de uma mesada de 700 mil dólares para o grupo” e que se essa exigência fosse cumprida, ele seria mantido no cargo.
Confira abaixo o registro da conversA.
Durante seu depoimento, o advogado de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha pergunta abertamente se Temer tinha conhecimento sobre a mesada de 700 mil dólares paga a bancada do PMDB. Nesse momento, Sérgio Moro indefere que o assunto seja discutido.Depoente:- Sim, um representante desse grupo me procurou, era até um deputado de Minas, Vicente … eu não me lembro, faz parte do … mas eu não me lembro o nome exatamente, através de um pequeno empreiteiro, uma empreiteira que eu tinha conhecimento, trouxe pra falar comigo lá de Belo Horizonte e me deram esse recado, que se eu me dispusesse a estabelecer um acordo, um pagamento mensal da ordem de 700 mil dólares, que esse grupo não faria … não havia nenhuma exigência que fosse … quem fosse, desde que fosse atendido esse compromisso. Aí eu não concordei, porque não tinha como fazer isso.Defesa:- Esse grupo que o senhor se refere era…Depoente:- Grupo da bancada do PMDB.
Defesa:- Essa proposta financeira que o senhor recebeu pra se manter no cargo, de pagar 700 mil dólares por mês, também foi levada ao presidente do PMDB à época?Moro justifica sua atitude dizendo que por conta do Temer possuir foro privilegiado, o processo poderia ser levado ao Supremo ou até anulado.
Juiz Federal:- Não doutor, aí eu estou indeferindo essa questão, isso não é objeto da acusação e não tem competência este juízo pra esse tipo de questão.
http://www.revistaforum.com.br/2016/12/05/moro-proibe-cervero-de-detalhar-participacao-de-temer-em-negociacao-de-propina/
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