Da Rede Brasil Atual
Farmacêuticos alertam que grandes redes comerciais, defendidas pelo
prefeito para a distribuição, estão nos bairros mais centrais e não na
periferia, que conta com pequenos estabelecimentos
O projeto do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de fechar as
farmácias dos postos de saúde e passar a distribuir medicamentos do
Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da rede comercial deverá afetar
sobretudo a população mais pobre. O alerta é do Sindicato dos
Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sinfar-SP), que já enviou ofício,
ainda sem resposta, pedindo reunião com o prefeito e com o secretário de
Saúde, Wilson Pollara, para esclarecimentos sobre a mudança na
logística de medicamentos.
“As grandes redes de farmácias têm filiais nos bairros mais centrais, melhor localizados. E não nos bairros mais distantes da periferia, onde está a população mais pobre. Ali estão as pequenas farmácias. Sem a entrega no posto de saúde, perto de sua casa, as pessoas teriam de se deslocar até outros bairros, tendo até de pegar ônibus”, afirma a secretária-geral da entidade, Renata Gonçalves.
Embora ainda pouco se saiba de oficial a respeito da privatização do
serviço, a agenda de Doria e de Pollara de hoje (23) previa encontro à
tarde com Antonio Carlos Pipponzi, vice-presidente do Instituto para
Desenvolvimento do Varejo (IDV) e presidente do Conselho da Raia
Drogasil, gigante do setor.
De acordo com Renata, os farmacêuticos vão se reunir na tarde desta terça-feira (24) para discutir os impactos da medida à população e à estrutura das farmácias do SUS montadas nos postos de saúde. “É claro que há problemas, que faltam remédios. É feita licitação, e muitas vezes o laboratório demora para entregar. Mas isso não significa que a falha esteja na farmácia pública”, afirma o farmacêutico Deodato Rodrigues Alves, integrante do Conselho Municipal de Saúde, onde o tema também está sendo debatido.
“Essas farmácias que poderão ser fechadas estão estruturadas e receberam investimentos na gestão passada. Atendem 700 mil receitas todo mês, o equivalente a quase 10 milhões ao ano. Como uma rede privada vai se organizar para isso? Como será o controle, a fiscalização? Creio que o gestor não tem ideia da dimensão desse trabalho”, diz o conselheiro. “Privatizar pode parecer a solução a princípio, mas não é porque o problema é de subfinanciamento da saúde.”
http://jornalggn.com.br/noticia/farmaceuticos-criticam-projeto-de-doria-para-fechar-farmacias-em-postos-de-saude
“As grandes redes de farmácias têm filiais nos bairros mais centrais, melhor localizados. E não nos bairros mais distantes da periferia, onde está a população mais pobre. Ali estão as pequenas farmácias. Sem a entrega no posto de saúde, perto de sua casa, as pessoas teriam de se deslocar até outros bairros, tendo até de pegar ônibus”, afirma a secretária-geral da entidade, Renata Gonçalves.
De acordo com Renata, os farmacêuticos vão se reunir na tarde desta terça-feira (24) para discutir os impactos da medida à população e à estrutura das farmácias do SUS montadas nos postos de saúde. “É claro que há problemas, que faltam remédios. É feita licitação, e muitas vezes o laboratório demora para entregar. Mas isso não significa que a falha esteja na farmácia pública”, afirma o farmacêutico Deodato Rodrigues Alves, integrante do Conselho Municipal de Saúde, onde o tema também está sendo debatido.
“Essas farmácias que poderão ser fechadas estão estruturadas e receberam investimentos na gestão passada. Atendem 700 mil receitas todo mês, o equivalente a quase 10 milhões ao ano. Como uma rede privada vai se organizar para isso? Como será o controle, a fiscalização? Creio que o gestor não tem ideia da dimensão desse trabalho”, diz o conselheiro. “Privatizar pode parecer a solução a princípio, mas não é porque o problema é de subfinanciamento da saúde.”
http://jornalggn.com.br/noticia/farmaceuticos-criticam-projeto-de-doria-para-fechar-farmacias-em-postos-de-saude
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