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A agência qualificadora de crédito Moody's reduziu a nota de crédito da dívida pública da Grécia nesta sexta-feira para o nível C, o mais baixo da escala da agência, que significa risco de calote. O anúncio foi feito após um acordo de Atenas com os credores privados, que deverão perder 70% do valor investido nos títulos da dívida grega. A Moody's argumentou que a possibilidade de moratória pelas autoridades de Atenas ainda é grande, mesmo com o sucesso na troca de títulos privados.
Na segunda-feira (27), a agência Standard & Poor's constatou o calote que constitui a operação de redução da dívida pública grega lançada no dia 24, reduzindo a nota da Grécia para SD (calote seletivo).
Esta nota traduz uma moratória parcial, indica a S&P, que pretende aumentar a nota do país para CCC, nota atribuída a emissores de qualidade medíocre apresentando um risco real de não-pagamento, quando essa operação for totalmente realizada, em meados de março.
TROCA DE TÍTULOS
Na sexta (24), o Ministério das Finanças da Grécia fez uma oferta formal de € 107 bilhões para trocar os títulos da dívida com investidores privados e bancos, que chega a € 350 bilhões.
A troca projetada oferece aos credores uma perda de 53,5% sobre o valor nominal dos títulos públicos do país, em troca de papéis com prazos mais longos. A medida terá sucesso se a maioria dos donos de títulos aceitar as condições.
A mudança dos títulos faz parte do acordo com o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para garantir o resgate de € 130 bilhões, obtido na última segunda (20), que evitou o risco de o país entrar em quebra no mês de março.
Um dia depois da aprovação pelo Parlamento da lei que fixa os termos da operação, o conselho de ministros reunido nesta sexta-feira sob a direção do primeiro-ministro Lucas Papademos pediu ao organismo da dívida grega (PDMA) que abra oficialmente a operação de troca de títulos da dívida.
Segundo os termos do acordo PSI (Private Sector Involvement), cujas modalidades foram fixadas pelos ministros das Finanças da Eurozona na terça-feira em Bruxelas, a operação deve contribuir para reduzir a dívida grega de 160% do PIB atualmente para 120,5% em 2020.
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