Presidente interrompe reunião ministerial na Granja do Torto para falar a jornalistas e diz que sugestão de plebiscito parte para o Congresso Nacional nesta terça-feira; "Isso não significa que outros nortes não vão aparecer", comentou; segundo ela, a sugestão basicamente "diz respeito ao financiamento das campanhas e ao sistema de voto"; questionada sobre a queda no Datafolha, Dilma disse que não comenta pesquisa, seja boa ou ruim, mas sinalizou que deve falar mais com a imprensa; sobre economia, a presidente garantiu que "não há hipótese de reduzir qualquer gasto social", arrematando: "Cortar Bolsa Família jamais"
Questonada sobre que temas devem balisar a "sugestão" de plebiscito que será enviada ao Congresso Nacional nesta terça-feira, anunciada por ela mesma, a presidente disse que "uma reforma política não pode ser exaustiva, no sentido de que tenha muitas questões". "Acho que basicamente diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral, ou melhor dizendo, ao de voto vigente, se é misto, se é distrital", disse, destacando que "Isso não significa que outros nortes não vão aparecer".
"Amanhã vocês vão ver direitinho quais são as sugestões. Não somos nós que fazemos as perguntas", destacou. A presidente ressaltou ao jornalistas ainda a importância da estabilidade e de o governo estar atento à robustez fiscal do país. Dilma se reúne com sua equipe ministerial para discutir a onda de manifestações no país e as medidas que serão tomadas pelo governo em resposta aos protestos.
"Não há hipótese de reduzir qualquer gasto social", destacou a presidente. "A população mais pobre do país pode ter certeza: o meu governo jamais vai negociar gasto social", garantiu. "Cortar Bolsa Família jamais", disse, acrescentando que não faz demagogia e que, portanto, não vai cortar cargos que não tem. Além dos 38 ministros (a ministra da Cultura, Marta Suplicy, está em viagem oficial), os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, José Pimentel (PT-CE), e no Congresso, Eduardo Braga (PMDB-AM), participam da reunião.
Economia
"Em relação à estabilidade [econômica], estamos atentos para a robustez fiscal do país. Isso significa maior controle da inflação. A estabilidade é importante neste momento em que há transição de política econômica, principalmente do Banco Central norte-americano, que está passando de uma política de expansão monetária para contenção da liquidez internacional", declarou a presidenta. Dilma destacou ainda que a estabilidade econômica é um dos cinco pactos propostos em reunião com governadores e prefeitos na semana passada.
No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje (1°) pela manhã, a presidenta recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo Bernardo, Dilma vai orientar os ministros a darem continuidade aos projetos do governo e dar informações sobre como estão sendo encaminhadas as reivindicações dos movimentos sociais.
Na semana passada, a presidenta recebeu pela primeira vez em seu governo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que de alguma maneira participaram dos protestos. Dilma também reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as manifestações.
Entre as medidas, está um plebiscito sobre a reforma política. A ideia do governo é consultar a população sobre os principais temas da reforma, e, em seguida, as eventuais mudanças no sistema eleitoral seriam consolidadas pelo Congresso Nacional.
Com Agência Brasil
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