sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Com maior ociosidade em vinte anos, indústria não voltará a investir 06/01/2017


A recuperação econômica prometida por Michel Temer e Henrique Meirelles está cada vez mais difícil de acontecer; o caos criado pela estratégia de "quanto pior melhor", instaurada por forças políticas para permitir a derrubada da presidente Dilma Rousseff, derrubou a capacidade industrial instalada a seu menor índice em 20 anos; com 66% de uso em média do parque fabril, não há necessidade de investimentos para aumentar a produção quando o consumo reagir; em alguns setores, como o automobilístico, a crise é mais aguda; as montadoras estão produzindo menos da metade dos cerca de cinco milhões de carros que têm condições de fabricar; no setor de caminhões, a ociosidade alcança 75%


247 - A recuperação econômica prometida por Michel Temer e Henrique Meirelles está cada vez mais difícil de acontecer. O caos criado pela estratégia de "quanto pior melhor", instaurada por forças políticas para permitir a derrubada da presidente Dilma Rousseff, derrubou a capacidade industrial instalada a seu menor índice em 20 anos. Com 66% de uso em média do parque fabril, não há necessidade de investimentos para aumentar a produção quando o consumo reagir. Em alguns setores, como o automobilístico, a crise é mais aguda. As montadoras estão produzindo menos da metade dos cerca de cinco milhões de carros que têm condições de fabricar. No setor de caminhões, a ociosidade alcança 75% do parque fabril, segundo a Anfavea, que divulgou ontem queda de 11,2% na produção de veículos no ano passado.

As informações são de O Globo.

"— Na crise de 2008, houve uma série de medidas que reativaram a demanda doméstica. Nessa crise, são três, quatro anos de queda contínua e bastante profunda. Esse quadro com certeza freia investimento, já que a capacidade de produção é suficiente para atender à demanda futura — afirma Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI.

O investimento na economia vem caindo desde 2014. Já acumula queda de 28%, e as projeções para este ano não estão animadoras. Há quem espere o quarto ano seguido de retração no investimento, como Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas. Ela calcula nova perda de 0,4%:

— Muita incerteza, política e econômica, e o excesso de ociosidade dificultam mais ainda a retomada dos investimentos. A demanda doméstica é fraca e vai demorar a crescer. Aliado a isso, os juros, que ainda são altos, também atravancam a construção civil. E os governos, de todas as esferas, não têm condições de investir."





http://www.brasil247.com/pt/247/economia/273822/Com-maior-ociosidade-em-vinte-anos-ind%C3%BAstria-n%C3%A3o-voltar%C3%A1-a-investir.htm

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