Na contramão da tsunami de ódio protagonizada por alguns profissionais de saúde diante da morte de Marisa Letícia, médicas e médicos populares divulgam nota de solidariedade à família Lula da Silva
Na contramão da onda de ódio protagonizada por profissionais de saúde que se alastrou pelas redes sociais desde a internação de Marisa Letícia até a sua morte, médicas e médicos populares divulgam nota de solidariedade à família Lula da Silva.
O falecimento de Marisa foi anunciado na manhã desta quinta-feira (2) quando médicos divulgaram que o estado de saúde da ex-primeira-dama era irreversível e que ela havia perdido o fluxo cerebral. Marisa foi vítima de um AVC hemorrágico.
A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares lançou nota manifestando seu pesar. Confira:
A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares vem a público manifestar seu pesar pelo falecimento neste dia da ex-Primeira Dama Marisa Letícia e manifesta sua solidariedade à família Lula da Silva.
A companheira Marisa emprestou sua força e disposição à construção de um Brasil mais justo e inclusivo, ajudando a erguer no país a dignidade da maioria do seu povo, dirimindo a miséria e tirando o Brasil do mapa da fome.
É com tristeza que vivenciamos esta atmosfera patológica na sociedade brasileira, na qual presenciamos manifestações facistas mesmo em momentos de dor como estes.
A empatia e a solidariedade são princípios que nunca faltarão aos médicos e médicas comprometidos com o Povo.
Louvamos ainda a altivez e sensibilidade da família por optarem conceder os órgãos à captação e transplante, atividade exercida pelo nosso Sistema Único de Saúde de forma exímia, e que certamente salvará vidas.
O momento nos requer proximidade e irrestrito respeito à dignidade da vida humana. Assim, em Marisa, teremos mais uma lutadora que, deixando a concretude material da história, ganha as páginas inesquecíveis da memória e do exemplo.
Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares
São Paulo, 02 de fevereiro de 2017.
‘Bestas de Jaleco’
Para o jornalista Luis Costa Pinto, os médicos brasileiros precisam, seja por iniciativas das entidades de classe, seja por eles mesmos atuando individualmente, demonstrar reação contra seres abjetos como a reumatologista Gabriela Munhoz, o cardiologista Ademar Poltronieri Filho, o urologista Michael Hennich e o neurologista Richam Faissal Ellakkis.
A ação dos ‘vermes de jaleco’ que abusaram da agonia de Marisa Letícia não pode ficar impune no meio médico, diz o jornalista. Caso fique, toda a corporação corre o risco de começar a ser tratada com o desprezo que bandidos assim merecem.
Por fim, Luis Costa lembra que os envolvidos rasgaram o juramento de Hipócrates e a medicina perde respeito com o ato criminoso.
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