Regina Parizi
por Conceição Lemes
24 de janeiro de 2017, cerca de meio dia. Dona Marisa Letícia Lula da Silva da Silva, 66 anos, esposa do ex-presidente Lula, chega ao Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo (SBC), com pico de hipertensão arterial e forte dor de cabeça.
Submetida a avaliação clínica e exames, a tomografia diagnostica acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral.
É do tipo hemorrágico (vasos sanguíneos do cérebro se rompem). E subtipo subaracnóideo (hemorragia ocorre entre o cérebro e a aracnoide, uma das membras da meninge). É o mais raro e mais grave.
Dona Marisa é transferida para São Paulo.
24 de janeiro de 2017, 15h30. Dona Marisa dá entrada na emergência do Hospital Sírio-Libanês.
A essa altura, imagens da sua tomografia já tinham sido criminosamente vazadas do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz.
Nas horas seguintes, um grupo de médicos daria sequência ao crime iniciado com o vazamento das imagens, como revelou reportagem de Thiago Herdy, em O Globo:
A médica reumatologista, Gabriela Munhoz, de 31 anos, enviou mensagens a um grupo de Whatsapp de antigos colegas de faculdade, confirmando que dona Marisa estava no pronto-socorro [do Sírio-Libanês, onde trabalhava até então] com diagnóstico de AVC hemorrágico de nível 4 na escala Fisher — considerado um dos mais graves — prestes a ser levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).24 de janeiro de 2017, entre 21h e 22h. De Goiânia, em nota no instagram do Diário do Poder, a médica Ráyssa Monteiro Cognette posta este comentário: “#forcaavc”
(…)
No dia de sua internação, um médico que atua fora do Sírio Libanês foi o primeiro a enviar informações sobre o diagnóstico de dona Marisa no grupo “MED IX”. Pedro Paulo de Souza Filho postou imagens de uma tomografia atribuída a dona Marisa Letícia, acompanhada de detalhes que foram confirmados, em seguida, por Gabriela.
Os dados foram compartilhados por Pedro Paulo a partir de um outro grupo de médicos, intitulado “PS Engenho 3”, e atribuídos ao cardiologista Ademar Poltronieri Filho.
Em postagem publicada no mesmo grupo, um colega de Gabriela, o médico residente em urologia Michael Hennich, brincou quando ela disse que dona Marisa não tinha sido levada, ainda, para a UTI: “Ainda bem!”. Gabriela respondeu com risadas.
(…)
Outro médico do grupo, o neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, também comentou o quadro de dona Marisa:
“Esses fdp vão embolizar ainda por cima”, escreveu, em referência ao procedimento de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local. “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, escreveu Ellakkis em redes sociais nos últimos dias.
Atentem aos prints ao lado. Ráyssa identifica-se como Dra, talvez para impressionar ou exibir poder a seus 543 seguidores no instagram.
A questão: Como pode uma doutora, cuja missão é salvar vidas, sugerir numa rede social que deseja o pior a uma pessoa lutando pela vida e que não lhe fez mal?
Ráyssa segue no Facebook o médico e senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
No sábado retrasado, 4 de fevereiro,dia do sepultamento de Dona Marisa, ela compartilhou mensagem de Caiado criticando Lula no velório.
3 de fevereiro de 2017, 18h57. Dona Marisa Letícia Lula da Silva falece.
ALGUNS EXIGEM DOS CONSELHOS O QUE NEGARAM À DONA MARISA
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os conselhos regionais (CRMs) têm em seus portais um serviço de busca de médicos, aberto ao público em geral.
Disponibiliza cadastro básico: em geral, nome, CRM (número de registro no Conselho Regional de Medicina), especialidade, situação em relação à entidade, e-mail e endereço. A busca pode ser feita por nome ou CRM.
Há médicos que disponibilizam todos os dados solicitados.
Outros, apenas nome, acompanhado de foto.
Pesquisei os cadastros dos seis médicos citados.
Curiosamente, Richam El Hossain Ellakkis (o que sugeriu a morte de Dona Marisa), Pedro Paulo de Sousa Filho (postou imagens de uma tomografia com detalhes sobre o diagnóstico) e Ademar Poltronieri Filho (a partir dele, Pedro Paulo teria obtido os dados) proíbem expressamente a divulgação de e-mail e endereço.
Gabriela Araújo Munhoz libera apenas o e-mail.
Michael Christian Ramos Hennich é de Curitiba. Devido à formatação do portal do Conselho Regional de Medicina do Paraná CRM-PR), não há e-mail nem endereço do médico.
Já Ráyssa Monteiro Cognette não tem endereço, e-mail, telefone e especialidade cadastrados no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).
Outro detalhe que chama a atenção é o fato de serem muito jovens.
Pelo número de CRM é possível saber em que ano passaram a exercer a medicina.
Com exceção de Ademar Poltronieri Filho, que pelo seu número de CRM deve estar na faixa dos 40 anos, os demais têm ao redor dos 31, 32 anos.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu duas sindicâncias sobre o caso.
Uma, para apurar o vazamento das imagens da tomografia no hospital de São Bernardo do Campo.
Outra, para averiguar a conduta dos médicos que divulgaram o diagnóstico e/ou fizeram comentários cruéis sobre a situação de Dona Marisa.
“O que esses jovens médicos fizeram é um absurdo”, afirma a médica e professora Regina Parizi, em entrevista exclusiva ao Viomundo.
“Eu tenho conversado com muitos colegas e alunos”, conta. “Independentemente de preferências partidárias, grande parte está revoltada.”
“Além de ter sido péssimo para a imagem do Sírio, eles vão ficar marcados”, lamenta. “Infelizmente, vão ter que aprender da pior forma possível.”
Regina Parizi é uma das grandes autoridades em Bioética no Brasil.
Desde 2013, preside a Sociedade Brasileira de Bioética. Está no segundo mandato.
É professora de Bioética na Residência Médica do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.
De 1995 a 1999, foi vice-presidente do CFM; de 1999 a 2003, conselheira.
Presidiu três vezes o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp): de 1995 a 1997, 1999 a 2001 e 2001 a 2003.
Em 1995, a sua primeira medida ao assumir a presidência do Conselho foi determinar a abertura de processos contra os médicos que atuaram nos porões da ditadura militar, colaborando com os torturadores.
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo – Com exceção da médica de Goiás, os demais se manifestaram numa comunidade fechada de profissionais da categoria. Isso poderia isentá-los de responsabilidade pela quebra de sigilo?
Regina Parizi – Não, não. Pelo seguinte: não se trata de um grupo técnico, mas de divulgação indevida em um grupo de turma de formatura.
Viomundo – Explique melhor.
Regina Parizi — Uma coisa é você se manifestar em um grupo técnico, que se reúne, para discutir um caso específico. Isso ocorre no mundo inteiro, inclusive aqui. São reuniões técnicas, marcadas, sem nominar pacientes, têm um protocolo. Adotam-se todos os cuidados para não vazar informações, preservando o sigilo do paciente.O fato de o grupo desses médicos ser fechado não minimiza o que fizeram.
Viomundo – O Cremesp vai considerar isso na sindicância que abriu?
Regina Parizi – Imagino que sim.
Viomundo – Como repercutiu no meio médico?
Regina Parizi – Muito mal. Eu tenho conversado com muitos colegas e alunos [da Residência Médica do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo]. Independentemente de suas preferências partidárias, grande parte está revoltada.
Viomundo – Isso já aconteceu antes?
Regina Parizi — O caso da Dona Marisa não é primeiro. Mas, sinceramente, estamos assustados com essa geração mais nova. Falam determinadas coisas sobre e para pacientes que a gente não via antes. No caso desses jovens médicos, além de ter sido péssimo para a imagem do Sírio, eles vão ficar marcados. Infelizmente, terão que aprender da pior forma possível.
Viomundo – O fato de serem muito jovens me chamou a atenção.
Regina Parizi – Eu ainda dou aula de Bioética na Residência Médica do Hospital do Servidor. Um dos primeiros pontos que é a questão da confidencialidade. Eu sempre digo: Hipócrates [considerado, o Pai da Medicina], há 24 séculos [viveu de 460 a.C-370 a.C], já falava que a confidencialidade é fundamental na relação médico-paciente.
Aliás, a medicina ganhou credibilidade, principalmente por conta da confidencialidade. Por isso a sociedade confia as suas dificuldades, os seus problemas, os seus corpos, inclusive para pesquisas pós-morte.
O sigilo do médico é tão importante que é protegido por lei. Os médicos têm direito constitucional ao sigilo profissional perante o juiz. Ele só pode ser aberto por liminar e situações especialísssímas, por exemplo, quando há risco para terceiros.
Viomundo – Então, ao quebrar o sigilo, o médico viola o Juramento de Hipócrates, o Código de Ética e o direito de manter-se calado perante o juiz?
Regina Parizi – Sim, os três. O sigilo é um dos 25 princípios fundamentais do Código de Ética Médica. O que trata expressamente do tema é o XI:
O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei.O capítulo IX do Código de Ética Médica é dedicado só ao sigilo.
O artigo 73 diz textualmente:
É vedado ao médico revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.Além disso, esse profissional rompe um direito constitucional de todos os médicos, que é o de se manter calado perante o juiz.
Viomundo – Então eles teriam agido também contra a própria categoria?
Regina Parizi – Lamentavelmente, sim. Veja bem. Na noite do dia em que Dona Marisa se internou, um colega me contatou para denunciar: “Olha que absurdo, a tomografia da Dona Marisa já está na internet!”
Por isso, aqui vai um alerta. Se o médico pensa em desrespeitar a privacidade do paciente por si só, é bom nunca esquecer que essa atitude implica também na violação direito constitucional ao sigilo.
O direito ao sigilo não é uma conquista individual. Ele só se tornou possível graças às batalhas e aos compromissos de todas as gerações anteriores.
Viomundo – Quando eu comecei a fazer Jornalismo na área de saúde, os médicos quase nunca davam entrevista. Foi o dr. Gabriel Oselka na presidência do Cremesp (1978-1984) que começou a mudar essa visão, mostrando que era importante falar para a sociedade. As coisas foram mudando, chegamos ao oposto, à exposição excessiva. No caso da Dona Marisa, à extrapolação. Como explicar isso?
Regina Parizi – É uma questão geracional. E aí há vários aspectos. Um deles: a exposição absurda combinada ao crescimento do preconceito e do conservadorismo, problema que nós temos na sociedade de um modo geral, mas que na área médica pode ficar muito grave, como mostra o caso da Dona Marisa.
Viomundo – A senhora quer dizer exposição excessiva nas redes sociais?
Regina Parizi – Isso! É um fator que pesa. Hoje em dia tudo é muito exposto nas redes sociais. A vida desses jovens médicos também. Estão tão acostumados a expor colegas, a contar o que fazem de manhã à noite, por exemplo, que talvez achem tudo bem expor as outras pessoas também. É uma relação diferente da que nós tivemos.
Viomundo – Não haveria também problema de formação?
Regina Parizi – Com certeza, sim. A formação está muito ruim. Obviamente, tem que haver boa formação técnica. Mas não basta, tem que ter também formação humanitária. As matérias de Humanas são extremamente importantes para a área de medicina.
Atualmente, nos cursos de Medicina tem a disciplina de Bioética. Espero que o governo atual não corte. Afinal, quando vão economizar, tendem a cortar as matérias relacionadas às ciências humanas, como se fossem supérfluas. E não são.
Aliás, o governo colocou como opcionais no Ensino Médio as matérias de ciências humanas. Isso é muito ruim, vai refletir negativamente mais à frente. Quem viver, verá.
Viomundo – Faltou formação bioética esses médicos?
Regina Parizi – Acho que sim, e essa é uma questão central nesse caso.
A Bioética nasceu na década de 1970 a partir da discussão sobre os experimentos nazistas na Segunda Guerra e o mal que um profissional pode causar aos seres humanos se não tiver formação ética adequada.
Por isso, temos de que de estar sempre atentos. A formação bioética é fundamental nos cursos de medicina. E o sigilo profissional, um dos pontos principais.
Viomundo – Processos por quebra do sigilo são frequentes?
Regina Parizi – Há 22 anos participo do CFM e Cremesp – atualmente integro a câmaras de Bioética das duas instituições. Vi processos por erro médico e vários outros motivos , mas por sigilo eram muito raros. Agora é um problema, como estamos acompanhando no caso de Dona Marisa.
Hoje em dia o sigilo é um dos graves problemas que temos e as instituições hospitalares precisam tomar cuidado. Isso veio com a internet, que preconiza a exposição.
Viomundo – Sigilo é cuidado que todo médico tem de ter com todo paciente, seja famoso ou não.
Regina Parizi — Com certeza. No caso de paciente famoso, às vezes o colega é cercado pela imprensa e fala demais. É preciso tomar cuidado nessas horas para não abrir informação que não pode ser aberta. No caso da Dona Marisa, ela foi vítima da quebra do sigilo, de preconceito e da situação política que nós estamos vivendo no Brasil.
Viomundo – No caso de Dona Marisa, há os médicos que vazaram e compartilharam exames e informações de saúde pessoais e sigilosas dela. Tem aqueles que debocharam, fizeram comentários agressivos, cruéis e desumanos, torcendo para que ela morresse. Além do preconceito explícito, eles infringem alguma regra ética?
Regina Parizi – Sim. Um dos princípios do Código de Ética Médica é:
O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.
O artigo 23 diz:
é vedado ao médico tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade.
Portanto, ao fazer comentário depreciativo, desonroso, cruel ou desumano sobre um paciente, o médico está, sim, violando a ética médica.
Viomundo – O preconceito e conservadorismo crescentes no Brasil contribuíram para isso?
Regina Parizi – É claro que sim. Infelizmente essa onda forte de preconceito e conservadorismo não é exclusividade do Brasil nem do meio médico. É generalizada. Isso assombra, pois, nós, médicos, fomos formados e treinados, para atender quem seja quem for. A nossa obrigação é sustentar a vida das pessoas, não é julgar.
Por isso, os médicos têm de ter uma formação democrática, para exercer a profissão. O médico tem de aplicar o seu conhecimento da mesma forma, seja o paciente branco, negro, indígena, de esquerda ou de direita. Muitas vezes num pronto-socorro você atende criminoso. É nossa obrigação.
Viomundo – Mas a categoria dos médicos é, no geral, conservadora.
Regina Parizi – De fato, é conservadora, porque vem de uma classe média, classe média alta. Aliás, essa nova geração de médicos está vindo de uma classe média alta, muito alta.
Que família pode pagar R$ 8 mil reais por mês de curso de medicina para o filho e ainda custear moradia e alimentação por vários anos?
Isso se reflete na sala de aula, quando você faz uma discussão, por exemplo, de que a responsabilidade pela assistência à saúde é uma questão mais coletiva.
Eles acham que não, por conta da formação familiar, de valores morais e éticos. Eles acham que é apenas uma questão individual. E ponto. Todas as questões coletivas estão fora de moda.
O que aconteceu com esses jovens médicos envolvidos no caso de Dona Marisa é uma pequena demonstração do que realmente está acontecendo.
O médico pode até se recusar atender determinado paciente. É um direito previsto no Código de Ética Médica.
Só que ele tem a obrigação de indicar um colega para fazer o atendimento. Agora, se ele for o único profissional em determinada cidade, por exemplo, ele é obrigado a atender, sim, sob pena de violar o Código de Ética.
Viomundo – Os vazamentos ocorreram no Hospital Assunção, que integra a maior rede hospitais privados do País, Rede D’or São Luiz, e no Sírio Libanês. Como fica a situação deles?
Regina Parizi – Primeiro, são corresponsáveis, pois o hospital é o guardião das informações do paciente. Segundo, é péssimo para as instituições a repercussão que o caso está tendo.
Diante do que aconteceu certamente tem gente falando “não vou mais ao hospital x, porque ele vaza informação do paciente”
A sociedade tem que exercer mesmo este papel.
A sociedade tem limites para entender uma discussão técnica, mas sobre sigilo médico, não.
A sociedade sabe que o que aconteceu é imperdoável e não tem que facilitar, mesmo. A nossa obrigação e a do hospital é zelar pela privacidade do paciente.
Viomundo – Um pouco atrás a senhora disse que quebra de sigilo é hoje um dos graves problemas e que isso veio com a internet. E, agora?
Regina Parizi – A questão da internet é um desafio para nós. O pessoal mais jovem – incluem-se aí os médicos– acha que protegido no celular, num grupo de rede social. Não está. É isso que eles têm que entender, pra gente começar a mudar a situação.
Eu sempre falo para os meus alunos: não há instrumento que lhe proteja; eles só te expõem; cuidado com aquilo que faz ou conversa com o colega no celular e nas redes sociais, abertas ou fechadas.
O mesmo digo, agora, para os leitores do Viomundo. Nós e a sociedade em geral temos de lutar juntos para preservar o sigilo das informações médicas, um direito dos pacientes e um dos bens mais preciosos da medicina.
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PS de Conceição Lemes: O Conselho Federal de Medicina (CFM) é responsável pela fiscalização do exercício ético da medicina. A Associação Médica Brasileira (AMB), pela defesa e zelo da qualidade do exercício profissional, que envolve técnica e ética, conhecimento científico e humanístico.
Porém, nos últimos anos, AMB e CFM:
* Fizeram campanha pela derrubada da presidenta Dilma Rousseff, apoiaram o golpe parlamentar-midiático-jurídico em curso no Brasil e estimularam o ódio contra petistas, o ex-presidente Lula, Dona Marisa e toda a família.
* Defenderam posições repreensíveis no episódio do Mais Médicos. Lembremos que o presidente do CRM de Minas orientou os médicos mineiros a negarem atendimento a pacientes que tivessem sido atendidos por médicos cubanos.
Diante disso, como essas entidades podem agora repreender a conduta desses jovens médicos se elas próprias contribuíram para disseminar ódio e preconceito no meio médico contra petistas e do qual Dona Marisa foi vítima?
Sinceramente, espero que CFM e AMB reflitam sobre esse lamentável episódio. Do contrário, todos nós perderemos ainda mais.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/presidente-da-sociedade-brasileira-de-bioetica-sobre-o-caso-dona-marisa-o-que-esses-jovens-medicos-fizeram-e-um-absurdo-terao-de-aprender-da-pior-forma-possivel.html
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