Principais sites informativos europeus e brasileiros noticiam a greve geral em Portugal, destacando que se trata da segunda em 4 meses e que a austeridade está a ter efeitos negativos na economia lusa.
Piquete de greve em Moscavide. Foto de Paulete Matos
Já o Público sublinha que “os manifestantes declaram que é o maior passo atrás que já se deu em matéria de direitos laborais desde que Portugal voltou à democracia em 1974”, no artigo intitulado “Portugal paralisa pela segunda vez em meio ano”.
Já o El Mundo chama a atenção para que a reforma laboral era uma das exigências do programa de ajuda externa da troika, e que as medidas de austeridade “estão a ter efeitos negativos na economia lusa, que se contrairá este ano mais de 3%, além de registar um aumento imparável do desemprego, que já ronda os históricos 15%”.
Já o britânico Guardian afirma em Portugal, parece que os transportes foram altamente afetados pela greve geral, num artigo e que também chama a atenção que a Irlanda voltou a cair em recessão.
O Financial Times destaca que o protesto desta quinta é visto “como um teste para o sr. [Arménio] Carlos, um membro do comité central do Partido Comunista de linha dura, que assumiu a liderança da CGTP em Janeiro”. O influente diário económico afirma que os “economistas permanecem céticos de que o crescimento retome em 2013, como prevê o governo, ou que Lisboa será capaz de voltar ao mercado internacional da dívida em setembro do próximo ano, como é o objetivo do acordo de resgate”.
Os principais sites informativos franceses, apesar de estarem totalmente mobilizados pelo cerco ao assassino de militares, crianças e um rabino, não deixaram de registar a greve portuguesa. O Libération destaca que “Portugal funcionava em marcha lenta quinta-feira devido a uma greve geral e a manifestações convocadas pelo principal sindicato, que esperava uma forte mobilização contra as medidas de austeridade do governo, responsáveis, segundo ele, pela recessão e o desemprego”.
O Le Monde cita o secretário-geral da CGTP a dizer que o objetivo da greve é protestar contra as medidas de austeridade decretadas pelo governo em troca da ajuda financeira internacional.
Já o italiano Il Fatto Quotidiano lista as medidas laborais decretadas pelo governo de Passos Coelho, apontado que a CGTP as considerou um “ato de guerra contra os trabalhadores portugueses”.
No Brasil, o site da Folha de S.Paulo publica um artigo da BBC Brasil que afirma que “as medidas de austeridade estão afetando diretamente o bolso dos portugueses, que enfrentam uma onda de aumentos em diversos setores”. Já o Estado de S.Paulo sublinha que “Portugal enfrenta sua pior recessão desde a década de 1970, e em maio do ano passado precisou de um resgate financeiro internacional depois de rolar grandes dívidas. Alguns economistas dizem que será necessário um segundo pacote de ajuda, pois a recessão se agravou, o que complica o cumprimento de metas orçamentárias e o plano do país de voltar no final de 2013 ao mercado internacional de títulos”.
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