segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A queda brutal do analfabetismo no Nordeste 13/01/2014


Weden

Observando com os alunos tabelas da PNAD (2011 e 2012), do IBGE, deparei-me com um dado interessante. O analfabetismo, hoje, no Nordeste, quando consideradas pessoas de até 14 anos, é de 3.4%. Nesta faixa, a média nacional é de pouco mais de 2% (considera-se que um país supera o analfabetismo, quando este índice é igual ou menor que 1%) A série histórica do PNAD não é muito extensa, mas há um indício interessante. Pessoas com mais de 25 (a pesquisa para por aí) "realizam" taxas de analfabetismo na ordem de 21%. Evidentemente, esta forma de apresentação dos dados pode levar a um engano (e os jornais sempre caem nessa, porque querem). Não é difícil concluir que não são pessoas de 25, mas pessoas com mais de 40, 50, que concentram este "analfabetismo residual".

Mesmo assim, se pensarmos que estes analfabetos totais hoje estão, em sua maioria, com mais de 50 (há outras pesquisas do IBGE que mostram isso em estatísticas nacionais), podemos deduzir que eles tinham 20 nos anos 80. É evidente que não estamos confundindo alfabetização com letramento (que é um conceito novo, surgido nos anos 80). Mas uma queda em 30 anos de 21% para 3.4% é algo que não pode ser desprezado. Sim, falta letrar, mas fico a imaginar o que éramos neste item.

O que nos leva a uma outra conclusão: a história de que "a educação piorou" ou "era boa no passado" é apenas uma mentira mil vezes repetida...


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