segunda-feira, 3 de março de 2014

Obama, Kerry, militares ucranianos, Yulia e Klitschko 03/03/2014

3/3/2014, The Saker, The Vineyard of the Saker
Obama, Kerry, the Ukrainian military, Yulia and Klichko
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


The Saker

Foi interessante, nas últimas horas, observar as reações à decisão russa de total prontidão para usar força militar na Ucrânia. Vejamos, uma a uma.

Obama e Kerry: Sinceramente, não esperava grande coisa, mas estou impressionado com a total falta de conexão entre a Casa Branca e o mundo real. Para impedir Putin de usar força militar, a Casa Branca resolveu ameaçá-lo de boicotar a próxima reunião do G8 na Rússia. Buuuuuuu!! Agora, sim, Putin ficou tremendo de medo. Não, não ficou.

Ouvindo o Idiota-em-Chefe e seu Secretário de Estado, é realmente inacreditável que a dupla insista em investir todo o peso e a credibilidade dos EUA, num governo que até o próprio Iatseniuk já chamou de “governo kamikaze”.


Barack Obama e John Kerry

Qualquer pessoa com QI igual ou superior à temperatura ambiente entende que o chamado “governo ucraniano” está condenado a fracassar e fracassará, simplesmente porque literalmente não tem dinheiro para fazer *coisa alguma*. E os doidos em Washington só fazem apoiar esse regime moribundo.

O exército ucraniano: Com certeza, não há quem não tenha ouvido ou lido que o exército ucraniano está em alerta máximo, para repelir qualquer agressão russa. É risível. É cômico. Absolutamente NÃO EXISTE EXÉRCITO UCRANIANO.

Há um monte de ferro velho, amontoado por lá; há várias unidades basicamente com treinamento-zero; e só umas poucas unidades capazes de níveis mais altos de prontidão para combate. Sabem como é que se chama isso, em termos militares? Chama-se *ALVO*.

Também suspeito de que, por mais que políticos ocidentais e aqueles doidos ucranianos falem de forças armadas ucranianas, os próprios oficiais lá, e até os soldados, sabem perfeitamente que, ali, estão como alvos.

Assim se explica a sábia decisão da nave-madrinha da Marinha Ucraniana, a fragata Hetman Sahaidachny, que rapidamente mudou de lado, em vez de voltar para casa (segundo os últimos informes, está no leste do Mediterrâneo). Espero que todos saibam que a simples ideia de que os ucranianos estariam desenvolvendo bombas atômicas é piada. Então, não perderei tempo com isso agora.



Klitschko Yulia

Yulia e Klitschko: Como eu já suspeitava, desde que a vi, histérica, na praça Maidan, Yulia está claramente perdida; suas declarações sobre a crise comprovam, para mim, que ela “mandou dizer que não está em casa”. Diferente dela, porém, e para minha grande surpresa, foi Klitschko quem apareceu com a proposta mais sã: quer criar uma comissão especial em Kiev encarregada de negociar uma solução pacífica para a atual crise entre Kiev e Moscou.

Diferente do palavreado histérico de Yulia, a declaração de Klitschko veio sem arroubos, chiliques ou apelos líricos. Foi pragmático, praticamente um executivo-gerente. Sabe-se lá. Talvez ele consiga alguma coisa. Porque tenho certeza de que, enquanto os doidos de Kiev não usarem a força no leste ou no sul da Ucrânia, os russos permanecerão em alerta máximo, mas do seu próprio lado da fronteira.

É isso, agora, só uma atualização rápida. Espero ter, mais tarde, tempo para escrever com mais calma sobre os desenvolvimentos recentes.

Saudações,

The Saker



http://redecastorphoto.blogspot.com.br/

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