PLENO EMPREGO, RENDA DO TRABALHO E DIMINUIÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS
- O Brasil atual tem um projeto político e econômico bem definido, com vários avanços e alguns recuos em diferentes setores, mas com um rumo nítido e cristalino, construído a duras penas através de um governo de coalizão capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, antes sob a liderança de Lula, e posteriormente sob o comando de Dilma Rousseff.
Este projeto consiste na inclusão social de amplos setores da coletividade na espiral do consumo mínimo de bens antes restritos a 15, talvez 20% dos habitantes do país. Note-se que ainda hoje há um contingente considerável de cidadãos que vivem em estado de subconsumo, longe das condições mínimas de dignidade que se possa imaginar.
O saldo histórico da construção do Brasil foi um país industrializado mas brutalmente desigual e segregacionista, além de racista (de forma velada) e com picos de um moralismo tacanho que surge sempre que um governo mais à esquerda se apresenta (vide o segundo governo de Getúlio Vargas, o governo de João Goulart, de Lula e agora de Dilma).
A famosa expressão 'Belíndia' retratava exemplarmente o saldo da perversa concentração de renda, de bens e de serviços que persistia no Brasil até pouco tempo. Com intensidade tímida no primeiro mandato de Lula, acelerada no segundo (em especial após o Crash de 15 de setembro de 2008) e mantida por Dilma, vê-se hoje um projeto político robusto, palpável, mensurável e bem determinado.
Trata-se de um notável empreendimento de inclusão social de dezenas de milhões de pessoas através de diversos programas sociais, também da criação de outros programas de inclusão dos jovens no meio universitário e, principalmente, de um projeto que tem como tripé inquebrantável o emprego, a diminuição da desigualdade social e os aumentos reais do salário mínimo (que aumentam a renda do trabalho ao servirem de parâmetro para o aumento real dos dissídios das classes laborais).
Este corretíssimo tripé, construído pela coalizão hegemonizada pelo Partido dos Trabalhadores, constitui-se na viga mestra que presta sustentação política ao governo federal. O sucesso de Lula, antes, e de Dilma Rousseff, agora, deve-se ao já citado tripé econômico-político do pleno emprego, da diminuição da desigualdade social e do aumento da renda do trabalho na proporção do PIB.
Não é a toa que o salário mínimo atual tem o maior poder de compra dos últimos 30 anos. Tampouco é a toa o fato de que a desigualdade social medida pelo Índice de Gini encontra-se hoje no menor patamar dos últimos 50 anos. Paradoxalmente, isto é bom e ruim ao mesmo tempo.
Bom porque mostra que o nítido rumo e o decidido impulso firmado pela atual coalizão governamental avançaram muito no combate às chagas históricas que sempre infernizaram a vida do povo brasileiro. Ruim, e instigante, porque expõe de forma até cruel o tamanho gigantesco do passivo social acumulado ao longo de décadas e que, apesar dos incontestáveis avanços dos últimos dez anos, ainda clamam por soluções de maior efetividade.
É possível perceber também que hoje o país se defronta com problemas diametralmente diferentes dos quais se defrontava na década de 90, e nas anteriores também. Vivenciamos agora as 'dores do parto' de uma sociedade que se conscientizou de seus direitos, que está muito mais exigente, que não se conforma com paliativos de qualquer espécie. E isto é ótimo!
Até pouco tempo o problema era o desemprego galopante, o arrocho salarial, as taxas de juros com picos acima de 30% ao ano, a ALCA sendo gestada a pleno vapor, a dívida externa impagável, dívidas igualmente impagáveis com o FMI e com o Clube de Paris, brutal concentração de renda, imposto inflacionário, um país apequenado no cenário internacional e que era representado por governos que somente tinham olhos e gestos voltados para setores minoritários.
Os problemas e as reclamações hoje se sofisticaram. A infraestrutura, por exemplo, é uma das mais importantes pautas na agenda nacional (houve um triste tempo em que se lamentava a incompetência talvez atávica, geradora de Apagões e que tais...). Vejamos a questão dos aeroportos.
Em 2002 o número de passageiros ficava em torno de 30 milhões ao ano. Deveremos fechar 2014 com um impressionante contingente de 120 milhões de passageiros por ano! Um aumento de 300% em pouco mais de dez anos! Poder-se-ia falar também de outros tantos setores que hoje reclamam de uma infraestrutura adequada, pois este tema hoje é que está prejudicando importantes setores da sociedade.
O caso das refinarias de petróleo, por exemplo, salta aos olhos. Como é possível que o Brasil tenha ficado mais de 30 anos sem inaugurar uma única refinaria sequer? Pois bem, hoje temos 04 refinarias sendo construídas. São elas as refinarias de Abreu e Lima em Pernambuco (80% concluída), o Complexo do Comperj no Rio de Janeiro (60% concluído) e as refinarias Premium I no Maranhão (em fase de licenciamento ambiental) e Premium II no Ceará (10% de conclusão).
Ou seja, o Brasil de hoje (segundo maior canteiro de obras do mundo) corre contra o tempo para suprir as carências de infraestrutura, para suprir a imensa lacuna originada num país que deixou de investir em infraestrutura durante longos 30 anos.
Notem, por fim, a questão da Transposição do Rio São Francisco. Desde os tempos de D. Pedro II haviam projetos para fazer essa transposição, mas nunca antes na história deste país alguém se dignou a tocar esse estratégico projeto. Iniciado no governo Lula, o empreendimento encontra-se hoje com mais de 56% das obras concluídas.
Mais alguns dados que desmentem o senso comum são necessários para o correto debate sobre o momento atual do Brasil. O senso comum teleguiado pela 'grande mídia' insiste em falácias a respeito do governo Dilma. Uma delas diz respeito a "perda de credibilidade internacional" do Brasil. Nada mais falso. Seguem os índices reais e indesmentíveis:
1) Investimento Estrangeiro Direto no Brasil
-Oito anos de FHC (1995/2002) = U$ 163 bilhões;
-Oito anos de Lula (2003/2010) = U$ 216 bilhões;
-Apenas três anos de Dilma (2011/2013) = U$ 196 bilhões.
Onde está a "crise de credibilidade" que a oposição fracassada e a mídia venal pintam todo o santo dia contra o governo Dilma? É justamente o contrário! Outra do pérola do senso comum, que alcança inclusive experimentados jornalistas e analistas econômicos é a de dizer que os governos do PT estimularam um hipotético "consumismo", em detrimento dos investimentos. Vamos aos fatos:
2) Indicadores acumulados nestes 11 anos (2003-2013) de governo federal comandado pelo Partido dos Trabalhadores
-Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): 86,7%
-Consumo das Famílias: 60,4%
-Produto Interno Bruto: 45,6%
É absolutamente fantasioso dizer que nos períodos de governos do PT o investimento tenha ficado em segundo plano. É igualmente fantasioso dizer que a economia brasileira está atrelada em um hipotético "consumismo" exagerado, que seria bancado em detrimento do investimento. Os dados, mais uma vez, são indesmentíveis!
Este é, em linhas gerais, o quadro atual do país, com novos problemas, mais sofisticados e de resolução as vezes muito mais demorada e complexa. O rumo está definido, o tripé do pleno emprego, da diminuição das desigualdades sociais e dos aumentos salariais das classes laborais são o dínamo de um país ainda marcado pelo subconsumo e por deficiências históricas de grande monta. O projeto econômico e político atual é nítido e cristalino, impossível é não compreender para onde estamos a caminhar!
Ocorre que este rumo correto, de grande abrangência e de grande significado, construído pela coalizão capitaneada pelo PT, sofre feroz oposição desde sempre, e daqui para frente a ferocidade da oposição neoliberal aumentará na mesma proporção em que aumente a velocidade e o ímpeto do governo federal em direção do aumento da renda das classes laborais, da diminuição da desigualdade social e do aumento das oportunidades criadas através de cotas sociais e étnicas e da expansão do ensino técnico e universitário.
É preciso vencer essa ferocidade e seguir no rumo nítido da mudança iniciada com êxito em 2003. É preciso intensificar essa mudança iniciada em 2003, qualificá-la, aumentar o ritmo destas corretas mudanças, mas não interromper este virtuoso ciclo!
É disso que o Brasil precisa, se é que pretendemos ainda construir um país minimamente civilizado e que não seja uma imensa nação onde apenas 20% de seus habitantes possam se dar ao luxo de ter direitos. Para realizar este propósito será necessário empreender uma verdadeira guerra. A guerra da realidade concreta e objetiva dos fatos contra as falácias e o mundo virtual e fictício que uns e outros tentam construir aqui no Brasil.
Este projeto consiste na inclusão social de amplos setores da coletividade na espiral do consumo mínimo de bens antes restritos a 15, talvez 20% dos habitantes do país. Note-se que ainda hoje há um contingente considerável de cidadãos que vivem em estado de subconsumo, longe das condições mínimas de dignidade que se possa imaginar.
O saldo histórico da construção do Brasil foi um país industrializado mas brutalmente desigual e segregacionista, além de racista (de forma velada) e com picos de um moralismo tacanho que surge sempre que um governo mais à esquerda se apresenta (vide o segundo governo de Getúlio Vargas, o governo de João Goulart, de Lula e agora de Dilma).
A famosa expressão 'Belíndia' retratava exemplarmente o saldo da perversa concentração de renda, de bens e de serviços que persistia no Brasil até pouco tempo. Com intensidade tímida no primeiro mandato de Lula, acelerada no segundo (em especial após o Crash de 15 de setembro de 2008) e mantida por Dilma, vê-se hoje um projeto político robusto, palpável, mensurável e bem determinado.
Trata-se de um notável empreendimento de inclusão social de dezenas de milhões de pessoas através de diversos programas sociais, também da criação de outros programas de inclusão dos jovens no meio universitário e, principalmente, de um projeto que tem como tripé inquebrantável o emprego, a diminuição da desigualdade social e os aumentos reais do salário mínimo (que aumentam a renda do trabalho ao servirem de parâmetro para o aumento real dos dissídios das classes laborais).
Este corretíssimo tripé, construído pela coalizão hegemonizada pelo Partido dos Trabalhadores, constitui-se na viga mestra que presta sustentação política ao governo federal. O sucesso de Lula, antes, e de Dilma Rousseff, agora, deve-se ao já citado tripé econômico-político do pleno emprego, da diminuição da desigualdade social e do aumento da renda do trabalho na proporção do PIB.
Não é a toa que o salário mínimo atual tem o maior poder de compra dos últimos 30 anos. Tampouco é a toa o fato de que a desigualdade social medida pelo Índice de Gini encontra-se hoje no menor patamar dos últimos 50 anos. Paradoxalmente, isto é bom e ruim ao mesmo tempo.
Bom porque mostra que o nítido rumo e o decidido impulso firmado pela atual coalizão governamental avançaram muito no combate às chagas históricas que sempre infernizaram a vida do povo brasileiro. Ruim, e instigante, porque expõe de forma até cruel o tamanho gigantesco do passivo social acumulado ao longo de décadas e que, apesar dos incontestáveis avanços dos últimos dez anos, ainda clamam por soluções de maior efetividade.
É possível perceber também que hoje o país se defronta com problemas diametralmente diferentes dos quais se defrontava na década de 90, e nas anteriores também. Vivenciamos agora as 'dores do parto' de uma sociedade que se conscientizou de seus direitos, que está muito mais exigente, que não se conforma com paliativos de qualquer espécie. E isto é ótimo!
Até pouco tempo o problema era o desemprego galopante, o arrocho salarial, as taxas de juros com picos acima de 30% ao ano, a ALCA sendo gestada a pleno vapor, a dívida externa impagável, dívidas igualmente impagáveis com o FMI e com o Clube de Paris, brutal concentração de renda, imposto inflacionário, um país apequenado no cenário internacional e que era representado por governos que somente tinham olhos e gestos voltados para setores minoritários.
Os problemas e as reclamações hoje se sofisticaram. A infraestrutura, por exemplo, é uma das mais importantes pautas na agenda nacional (houve um triste tempo em que se lamentava a incompetência talvez atávica, geradora de Apagões e que tais...). Vejamos a questão dos aeroportos.
Em 2002 o número de passageiros ficava em torno de 30 milhões ao ano. Deveremos fechar 2014 com um impressionante contingente de 120 milhões de passageiros por ano! Um aumento de 300% em pouco mais de dez anos! Poder-se-ia falar também de outros tantos setores que hoje reclamam de uma infraestrutura adequada, pois este tema hoje é que está prejudicando importantes setores da sociedade.
O caso das refinarias de petróleo, por exemplo, salta aos olhos. Como é possível que o Brasil tenha ficado mais de 30 anos sem inaugurar uma única refinaria sequer? Pois bem, hoje temos 04 refinarias sendo construídas. São elas as refinarias de Abreu e Lima em Pernambuco (80% concluída), o Complexo do Comperj no Rio de Janeiro (60% concluído) e as refinarias Premium I no Maranhão (em fase de licenciamento ambiental) e Premium II no Ceará (10% de conclusão).
Ou seja, o Brasil de hoje (segundo maior canteiro de obras do mundo) corre contra o tempo para suprir as carências de infraestrutura, para suprir a imensa lacuna originada num país que deixou de investir em infraestrutura durante longos 30 anos.
Notem, por fim, a questão da Transposição do Rio São Francisco. Desde os tempos de D. Pedro II haviam projetos para fazer essa transposição, mas nunca antes na história deste país alguém se dignou a tocar esse estratégico projeto. Iniciado no governo Lula, o empreendimento encontra-se hoje com mais de 56% das obras concluídas.
Mais alguns dados que desmentem o senso comum são necessários para o correto debate sobre o momento atual do Brasil. O senso comum teleguiado pela 'grande mídia' insiste em falácias a respeito do governo Dilma. Uma delas diz respeito a "perda de credibilidade internacional" do Brasil. Nada mais falso. Seguem os índices reais e indesmentíveis:
1) Investimento Estrangeiro Direto no Brasil
-Oito anos de FHC (1995/2002) = U$ 163 bilhões;
-Oito anos de Lula (2003/2010) = U$ 216 bilhões;
-Apenas três anos de Dilma (2011/2013) = U$ 196 bilhões.
Onde está a "crise de credibilidade" que a oposição fracassada e a mídia venal pintam todo o santo dia contra o governo Dilma? É justamente o contrário! Outra do pérola do senso comum, que alcança inclusive experimentados jornalistas e analistas econômicos é a de dizer que os governos do PT estimularam um hipotético "consumismo", em detrimento dos investimentos. Vamos aos fatos:
2) Indicadores acumulados nestes 11 anos (2003-2013) de governo federal comandado pelo Partido dos Trabalhadores
-Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): 86,7%
-Consumo das Famílias: 60,4%
-Produto Interno Bruto: 45,6%
É absolutamente fantasioso dizer que nos períodos de governos do PT o investimento tenha ficado em segundo plano. É igualmente fantasioso dizer que a economia brasileira está atrelada em um hipotético "consumismo" exagerado, que seria bancado em detrimento do investimento. Os dados, mais uma vez, são indesmentíveis!
Este é, em linhas gerais, o quadro atual do país, com novos problemas, mais sofisticados e de resolução as vezes muito mais demorada e complexa. O rumo está definido, o tripé do pleno emprego, da diminuição das desigualdades sociais e dos aumentos salariais das classes laborais são o dínamo de um país ainda marcado pelo subconsumo e por deficiências históricas de grande monta. O projeto econômico e político atual é nítido e cristalino, impossível é não compreender para onde estamos a caminhar!
Ocorre que este rumo correto, de grande abrangência e de grande significado, construído pela coalizão capitaneada pelo PT, sofre feroz oposição desde sempre, e daqui para frente a ferocidade da oposição neoliberal aumentará na mesma proporção em que aumente a velocidade e o ímpeto do governo federal em direção do aumento da renda das classes laborais, da diminuição da desigualdade social e do aumento das oportunidades criadas através de cotas sociais e étnicas e da expansão do ensino técnico e universitário.
É preciso vencer essa ferocidade e seguir no rumo nítido da mudança iniciada com êxito em 2003. É preciso intensificar essa mudança iniciada em 2003, qualificá-la, aumentar o ritmo destas corretas mudanças, mas não interromper este virtuoso ciclo!
É disso que o Brasil precisa, se é que pretendemos ainda construir um país minimamente civilizado e que não seja uma imensa nação onde apenas 20% de seus habitantes possam se dar ao luxo de ter direitos. Para realizar este propósito será necessário empreender uma verdadeira guerra. A guerra da realidade concreta e objetiva dos fatos contra as falácias e o mundo virtual e fictício que uns e outros tentam construir aqui no Brasil.
http://jornalggn.com.br/noticia/dilma-tem-o-rumo-mas-nao-tem-o-metodo
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