Da Redação
A seis dias da entrega do Riocentro à Organização das Nações Unidas (ONU), que ficará responsável pelo local até o fim da Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, 102 chefes de Estado e de Governo confirmaram presença no evento, segundo o secretário nacional de organização da conferência, ministro Laudemar Aguiar.
Segundo ele, o encontro vai contar com delegações de 176 países, além de representantes de agências internacionais e de organismos da ONU. Na avaliação de Aguiar, os números indicam a relevância da conferência. “Não são só os números que definem a importância de uma conferência, mas os que temos dão uma indicação da importância que a Rio+20 terá. Todos os países-membros da ONU confirmaram presença com algum tipo de delegação. Com esses números, a conferência já é um sucesso e estamos fazendo tudo para que tenha o maior êxito possível”, disse nesta quarta-feira (30) o ministro, em entrevista coletiva no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, para apresentar as instalações do evento.
Aguiar lembrou que, a partir do dia 5 de junho, o Riocentro passará a ser perímetro das Nações Unidas, que ficará responsável por coordenar o espaço e terá apoio do governo brasileiro em questões logísticas, de estrutura e de segurança. Ele destacou que o local tem capacidade para receber até 38 mil pessoas diariamente, incluindo as 5 mil que trabalharão durante o evento em diversos setores, como organização e segurança.
“Para se ter uma ideia da dimensão e da importância da Rio+20 para a cidade e para o país, só aqui, no Riocentro, a área construída é quase o dobro da área da Rio92, quando havia três pavilhões e uma tenda temporária. Hoje, são cinco pavilhões e mais de 27 mil metros de tendas temporárias para abrigar o evento apenas no Riocentro”, disse, acrescentando que, somente no centro de convenções, a área construída tem cerca de 100 mil metros quadrados.
O secretário de organização da Rio+20 disse, ainda, que está sendo montado no local, por onde devem passar jornalistas de várias partes do mundo, um centro de imprensa com 8 mil metros quadrados e capacidade para abrigar, ao mesmo tempo, mais de mil pessoas.
O general Otávio Rego Barros, comandante da 4º Brigada, em Juiz de Fora, e responsável pelas tropas brasileiras que vão atuar no Riocentro durante a Rio+20, informou que cerca de 2 mil homens, entre militares das Forças Armadas, agentes e delegados da Polícia Federal, equipes do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Polícia Militar, trabalharão nos dias do evento. Eles apoiarão as Nações Unidas, que ficarão responsáveis pela segurança do local a partir do dia 5.
Segundo ele, o plano de atuação será suficiente para garantir a segurança de todos os participantes. “Todos os cuidados referentes à segurança estão sendo tomadas e envolvem questões de varredura, credenciamento, controle de acesso dos fornecedores, entre outros. É um conjunto de planos que vai prover a segurança total, seja das delegações, de chefes de Estado e de tantas outras pessoas que vierem à conferência”, disse.
O general destacou que os profissionais da imprensa, por exemplo, para terem acesso ao Riocentro, passarão por várias barreiras de segurança que contarão com equipamentos nacionais e importados, como detectores de raio X, de elementos químicos, radiológicos e biológicos.
Ele acrescentou que o espaço aéreo da região será fechado e que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) determinará, quando necessário, o desvio de aeronaves.
A chefe da Divisão de Temas Emergentes do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Kathleen Abdalla, que também participou da apresentação do local de realização da Rio+20, disse estar satisfeita com a preparação da capital fluminense para sediar a conferência. Ela destacou que a Rio+20 será uma “boa oportunidade” para países avaliarem seus esforços na implementação da Agenda 21, um dos principais resultados da conferência Rio92.
“Se olharmos para trás, para a Agenda 21, veremos que muita coisa foi feita, mas ainda temos grandes objetivos que ainda não foram alcançados. A conferência será uma boa oportunidade para países-membros negociarem, mas também para verem o que funcionou e o que não funcionou e o que vão fazer para avançar no assunto”, avaliou.
Com informações da Agência Brasil
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