segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Resultado de eleições italianas indica dificuldade para formação de novo governo 25/02/2013


Centro-esquerda recebeu o maior número de votos, mas terá menos cadeiras no Senado

Agência Efe

Bersani, de centro-esquerda, lidera coalizão que recebeu mais votos, com 1 ponto percentual a mais que Berlusconi


O resultado das eleições gerais na Itália, realizadas entre domingo e segunda-feira (25/02), não deve permitir que nenhuma força política forme governo com maioria absoluta no Senado.

Apesar de ter ficado na primeira colocação em número de votos, a aliança de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani conquistou menos assentos do que a centro-direita do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Isso ocorre devido ao sistema eleitoral italiano, no qual o vencedor de cada região ganha 55% das cadeiras referentes a essa localidade no Senado.

Com 31,8% dos votos, os partidários de Bersani devem eleger 105 senadores. Os simpatizantes de Berlusconi, por sua vez, que foram escolhidos por 30,6% dos italianos, ficaram com 112 senadores.

Em terceiro lugar, ficou o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, que deterá 64 senadores. Já o partido do primeiro-ministro Mario Monti, Escolha Cívica, contará com 20 senadores.

O número de senadores necessário para ter a maioria é de 158, índice que nenhuma bancada conseguiu alcançar e que leva a Itália para um período de incertezas políticas.
O Partido Democrático, de Bersani, não descartou a possibilidade de novas eleições. “O resultado que desponta é o de um Senado sem maioria, em uma situação limite, que o país nunca viveu até agora. A palavra responsabilidade é a que usamos e usaremos", disse o vice-secretário, Enrico Letta.

Agência Efe

Mario Monti se disse "satisfeito" com o resultado, apesar de obter apenas 20 cadeiras no Senado


Grillo, que costuma fazer críticas ao sistema político em seus discursos, classificou um possível novo governo de Berluconi como “um crime contra a galáxia”. "Berlusconi e Bersani estão aí há 25 anos e levaram este país à catástrofe.”

Para o atual primeiro-ministro, os resultados só poderão ser avaliados de forma profunda nesta terça-feira (26/02). “O governo que surgir deve ter transparência e levar o país adiante, não apenas flutuar no ponto em que estamos”, afirmou Monti.

*com agências internacionais

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