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Na quinta-feira, uma potente explosão sacudiu o centro de Damasco. O incidente ocorreu junto a um posto de controle localizado perto da sede do partido governante Baath. No mesmo dia, na cidade aconteceram mais explosões. O governo legítimo está perdendo passo a passo o controle da situação no país, conjeturam peritos.
Segundo
 dados preliminares, o explosivo escondido num carro foi acionado por um
 terrorista suicida. Logo a seguir à explosão, no mesmo bairro ressoaram
 tiros de armas automáticas. Os meios de comunicação informam que há dezenas de mortos e feridos,
 mas o número exato de vítimas ainda se desconhece. No local de ataque 
bombista estão sendo prosseguidos trabalhos de remoção de escombros. 
Dina Pianykh, correspondente especial da ITAR-TASS no Cairo, relata aos 
ouvintes da Voz da Rússia os detalhes do acontecido:
"A
 onda de atentados terroristas ocorridos hoje em Damasco causou cerca de
 40 vítimas, dezenas de pessoas sofreram feridas e lesões. De acordo com
 a informação oficial difundida pela agência noticiosa síria SANA, os 
ataques extremistas ceifaram a vida de 16 pessoas e mais de 200 ficaram 
feridas. Os dados sobre o número de vítimas variam, mas a maioria dos 
mortos são cidadãos pacíficos, entre eles há muitas mulheres e crianças.
 Como se sabe, perto do local da explosão estava uma escola."
Não muito longe da sede do partido Baath encontra-se a embaixada da Federação da Rússia
 que, segundo a mídia, também foi atingida pela explosão. Eis o que 
disse à Voz da Rússia o adido de imprensa da embaixada russa na Síria, 
Timur Pechatnikov:
"Chegaram
 brigadas de bombeiros. Equipas de investigação estão examinando o local
 da explosão. Entre o pessoal da embaixada não há baixas. A mídia síria 
reporta que há vítimas, mas, segundo dados preliminares, entre os mortos
 não constam cidadãos russos."
De
 acordo com as informações disponíveis, a explosão perto do edifício do 
partido Baath não foi a única na capital síria. No mesmo dia foram 
perpetrados, ao menos, outros dois atos terroristas que também causaram 
vítimas mortais. Além disso, dois obuses de morteiro explodiram numa 
área próxima do Estado-Maior das Forças Armadas da Síria.
A
 situação segue agravando-se. As explosões no centro de Damasco 
evidenciam que o governo legítimo está perdendo o controle da situação, 
acha Azhdar Kurtov, especialista do Instituto Russo de Estudos 
Estratégicos:
"É
 o resultado inevitável dos últimos dois anos. As consequências são 
absolutamente óbvias. Os opositores do atual presidente, Bashar Assad, 
não se detêm ante nada. A reunião celebrada em Moscou no âmbito de 
participação da Rússia na resolução do conflito, na verdade, não levou a
 um desenlace radical do problema. Todas as partes seguem persistindo em
 suas posições. A Rússia está sugerindo desfechos legítimos mediante o 
processo de negociação, não através de condução das hostilidades. Mas a 
parte opositora, infelizmente, acredita que qualquer problema pode ser 
resolvido pela força das armas."
É
 muito difícil persuadir tais pessoas, julga o perito. Portanto, se pode
 esperar que num futuro próximo a situação irá evoluir segundo o cenário
 negativo.
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