Lucro da Petrobrás cresce 37% no 1º semestre, para R$ 21,9 bi, e bate recorde
No segundo trimestre, lucro da estatal foi de R$ 10,9 bilhões, alta de 31,9% em relação ao mesmo período de 2010
15 de agosto de 2011 | 18h 31André Magnabosco, da Agência Estado
SÃO PAULO - A Petrobrás reportou lucro líquido de R$ 10,942 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma expansão de 31,9% em relação ao mesmo período de 2010 (R$ 8,295 bilhões). No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido da empresa somou o valor recorde de R$ 21,928 bilhões, com elevação de 37% ante o mesmo período de 2010 (R$ 16,021 bilhões). O Ebitda teve alta de 4% em igual comparação, para R$ 32,233 bilhões. A receita líquida, por sua vez, cresceu 12% para R$ 116,269 bilhões. Já entre abril e junho, a receita líquida da companhia alcançou R$ 61,469 bilhões, alta de 14,6% ante o mesmo intervalo de 2010, ocasionada principalmente pela recuperação dos preços do petróleo na comparação anualizada, efeito parcialmente compensado pela política da estatal de manter os preços da gasolina e do diesel inalterados no mercado doméstico.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) trimestral totalizou R$ 16,139 bilhões, com expansão de 1,33% na mesma base comparativa. O resultado financeiro foi positivo em R$ 2,895 bilhões, ante R$ 630 milhões negativos no mesmo período do ano passado.
Endividamento cresce
O nível de endividamento de curto prazo da empresa passou de R$ 15,7 bilhões em 31 de dezembro de 2010 para R$ 16,7 em 30 de junho de 2011. O nível de endividamento de longo prazo, na mesma comparação, passou de R$ 102,2 bilhões para R$ 111,6 bilhões.
Com isso, o nível de endividamento total atingiu em R$ 128,3 bilhões até 30 de junho, contra R$ 117,9 bilhões ao fim do quarto trimestre do ano passado. O nível de alavancagem se manteve estável em 17% no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre do ano.
Impacto cambial foi de R$ 2,8 bi no trimestre
Segundo o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, boa parte do ganho financeiro de R$ 2,8 bilhões da empresa no segundo trimestre se deu graças ao impacto cambial, com a desvalorização do dólar e valorização do real.
Inicialmente, Barbassa afirmou que quase todo o valor se devia a impacto cambial, mas depois informou que o efeito do câmbio respondeu por R$ 1,3 bilhão do total.
Impasse sobre Plano de Negócios marcou trimestre
O segundo trimestre foi marcado pela expectativa acerca da definição do Plano de Negócios 2011-2015, cuja divulgação ocorreu somente em julho. O plano prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões) no intervalo, sendo a maior parte, equivalente a US$ 127,5 bilhões ou 57% do total, destinada à área de Exploração e Produção (E&P).
A área de Refino Transporte e Comercialização receberá US$ 70,6 bilhões. Outros US$ 13,2 bilhões serão destinados à área de Gás e Energia, US$ 4,1 bilhões à de Biocombustível, US$ 3,8 bilhões à Petroquímica, US$ 3,1 bilhões à Distribuição e US$ 2,4 bilhões ao Corporativo.
O Plano de Negócios prevê a aplicação de 95% dos investimentos (US$ 213,5 bilhões) nas atividades desenvolvidas no Brasil e 5% (US$ 11,2 bilhões) nas atividades do exterior, em um total de 688 projetos. Desse total, 57% são referentes a projetos já autorizados para execução e implementação.
O investimento total da Petrobrás em 2011 deverá somar R$ 84,7 bilhões, uma expansão de 10,9% em relação aos R$ 76,4 bilhões investidos no ano passado. O montante, por outro lado, é 8,9% inferior ao orçamento previsto inicialmente para 2011, que era de R$ 93 bilhões.
(com Sabrina Valle e Kelly Lima, da Agência Estado)
Texto atualizado às 20h04
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