Líbia: Mídia omite o que ocorre no país
Em visita à Líbia, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) analisa a situação política do momento dentro do país, revelando que o apoio popular ao presidente Muamar Kadafi é enorme, desmentindo os argumentos da mídia Ocidental, de que a população líbia estaria fortemente descontente com o líder do governo.
Protógenes Queiroz
19 de Agosto de 2011 - 16h35Leia abaixo a mais recente nota distribuída pelo deputado, em viagem ao país com uma comissão de políticos e ativistas brasileiros que analisarão a agressão que o país sofre atualmente, na qual discorre sobre o estado atual da guerra civil deflagrada contra o governo constituído líbio:
Quarta-feira (17) me encontrei com o secretário da embaixada do Brasil na Líbia, Márcio Augusto dos Anjos, que está no país há quatro anos. Falei também com integrantes tanto do movimento rebelde, que luta contra Kadafi, como das forças do Governo.
As várias reuniões me levaram às seguintes impressões iniciais: O que a imprensa internacional vem publicando a respeito da realidade Líbia não está totalmente correto. Pelo que percebo a maior parte do povo líbio está com Kadafi.
Inclusive as mulheres estão armadas e participando do enfrentamento contra as forças rebeldes da CNT (Comitê Nacional de Transição), força que de forma desorganizada está combatendo o governo atual com o forte apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que sabidamente tem interesses econômicos e políticos na sua intervenção. Trípoli é bombardeada todas as noites e alvos civis estão sendo atingidos.
Na Líbia, 90% da população têm casa própria, automóvel, saúde e educação pública. O país está em pleno desenvolvimento e o mais interessante é que não existia violência antes de começarem os ataques da Otan. O absurdo é que os mesmo ataques, que geram a violência, tem em sua justificativa a manutenção da paz.
Pelas informações que obtive, o regime de Kadafi tem conselhos governamentais e setoriais e está disposto a construir uma proposta de paz com a elaboração de um plebiscito para que o povo decida qual regime quer na liderança do país.
Entendo que o plebiscito é a melhor saída para este momento triste da história da Líbia, desde que a negociação seja articulada entre as duas forças e não haja intervenção internacional como a que ocorre atualmente, que incentiva a violência e atos de terror. O povo líbio não merece este tratamento violento e desumano.
Amanhã vou à Djerba, na Tunísia, fronteira com a Líbia, para continuar os encontros com representantes dos dois lados, em busca de um diálogo entre as partes.
As várias reuniões me levaram às seguintes impressões iniciais: O que a imprensa internacional vem publicando a respeito da realidade Líbia não está totalmente correto. Pelo que percebo a maior parte do povo líbio está com Kadafi.
Inclusive as mulheres estão armadas e participando do enfrentamento contra as forças rebeldes da CNT (Comitê Nacional de Transição), força que de forma desorganizada está combatendo o governo atual com o forte apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que sabidamente tem interesses econômicos e políticos na sua intervenção. Trípoli é bombardeada todas as noites e alvos civis estão sendo atingidos.
Na Líbia, 90% da população têm casa própria, automóvel, saúde e educação pública. O país está em pleno desenvolvimento e o mais interessante é que não existia violência antes de começarem os ataques da Otan. O absurdo é que os mesmo ataques, que geram a violência, tem em sua justificativa a manutenção da paz.
Pelas informações que obtive, o regime de Kadafi tem conselhos governamentais e setoriais e está disposto a construir uma proposta de paz com a elaboração de um plebiscito para que o povo decida qual regime quer na liderança do país.
Entendo que o plebiscito é a melhor saída para este momento triste da história da Líbia, desde que a negociação seja articulada entre as duas forças e não haja intervenção internacional como a que ocorre atualmente, que incentiva a violência e atos de terror. O povo líbio não merece este tratamento violento e desumano.
Amanhã vou à Djerba, na Tunísia, fronteira com a Líbia, para continuar os encontros com representantes dos dois lados, em busca de um diálogo entre as partes.
Fonte: Página eletrônica do deputado Protógenes Queiroz
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