Com o olho no crescente mercado de equipamentos eletrônicos brasileiro,  gigantes da tecnologia chinesas fecharam nesta segunda-feira cinco  planos de cooperação com parceiros locais durante uma visita a São Paulo  patrocinada pela prefeitura de Shenzhen, importante polo tecnológico e  financeiro chinês, num total de US$ 540 milhões. 
 
O presidente da ZTE na América do Sul, Yuan Lie, assinou um acordo com o  importador local Zero-X para atingir receitas de US$ 150 milhões com a  venda de celulares nos próximos três anos. Segundo Lie, a empresa deve  faturar US$ 350 milhões no Brasil em 2011. 
A ZTE já anunciou US$ 300 milhões de investimento em seu parque  industrial e em centros de distribuição e de pesquisa e desenvolvimento,  também produzirá tablets no país, em Hortolândia, no interior paulista. 
"Podemos oferecer as mesmas soluções e serviços que antes eram vendidos  por empresas ocidentais a um preço mais competitivo, mantendo a mesma  performance", disse Lie. 
A fornecedora de serviços de telecomunicações Huawei assinou dois  protocolos com as importadoras Nisalux e AXT para aumentar suas vendas  locais, atingindo receita de R$ 120 milhões nos próximos 12 meses. "Eles  serão a nossa força de vendas para clientes como TIM e Vivo", disse  James Taylor, vice-presidente de vendas da Huawei na América do Sul. 
Segundo Taylor, a empresa também produzirá tablets. "Até o primeiro  trimestre de 2012 já estaremos fabricando tablets. Não podemos esperar  mais", disse ele. No começo do ano, a Huawei anunciou US$ 300 milhões em  investimentos em uma fábrica em Campinas. 
De acordo com Marcio Paschoal, diretor da Nisalux, uma das novidades da  Huawei serão os aparelhos dual chips (que comportam dois chips), com  preços entre R$ 179 e R$ 349. "Hoje, esses produtos só estão à venda no  mercado informal", disse ele. 
Outro acordo foi assinado com a fabricante de equipamentos de  radiotransmissão Hytera e o importador Trunk Net. A previsão é que as  vendas dos equipamentos, particularmente voltados para a comunicação de  empresas de segurança e da polícia, atinjam receita de US$ 50 milhões.  "Já temos acordos costurados para isso no próximo ano", disse Chen  Qinzhou, presidente da Hytera. 
Já a fabricante de aparelhos celulares Sangfei vai investir US$ 50 milhões  na fábrica da Philips da zona franca de Manaus (AM). Desde 2007, a  chinesa, que pertence à gigante estatal CEC (China Eletronics  Corporation), tem o direito de licenciamento para produzir aparelhos da  Philips.
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