DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as seguidas críticas que ele
tem recebido de publicações britânicas é fruto da política brasileira
para se defender da chamada "guerra cambial". Ele foi recentemente alvo
da revista "The Economist", que sugeriu sua demissão à presidente Dilma
Rousseff, e do jornal "Financial Times", que o apelidou de "Guido, o
elfo vidente".DE SÃO PAULO
A "The Economist" criticou o ministro pelo crescimento abaixo do esperado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e disse que a presidente Dilma Rousseff deveria demiti-lo. O "Financial Times" ridicularizou as previsões de Mantega.
"Nós conseguimos nos posicionar melhor [em relação à guerra cambial]. Conseguimos reverter uma tendência que era prejudicial ao Brasil, que valorizava o nosso real. Nós evitamos a entrada de capital especulativo", disse o ministro à GloboNews. "É por isso que eles estão reclamando de mim. Você percebe que tem gente que não está satisfeito".
Alan Marques/Folhapress | ||
Dilma cumprimenta o ministro da Fazenda, Guido Mantega na cerimônia de sanção da lei que altera o Supersimples |
Embora tenha admitido que o Brasil conseguiu reverter uma tendência "prejudicial ao Brasil" no câmbio, ele fez questão de dizer ao canal de notícias que "o câmbio é flutuante". Para Mantega, como a atual taxa de juros "não atrai tanto capital especulativo como no passado, a tendência é que haja um equilíbrio natural do câmbio".
VOTO DE CONFIANÇA
Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff reiterou que não seguirá os conselhos de demitir o ministro da Fazenda. "Eles podem querer fazer isso, mas acontece que eu não quero", disse a presidente. "Posto que sou eu que decido, o Mantega não tem a menor hipótese de sair do meu governo --a não ser que queira."
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