Israel notificou aos Estados Unidos que planejava ataques aéreos contra a Síria, revelou nesta quinta (31) o jornal The New York Times, baseado em informações de funcionários públicos estadunidenses.
Ontem, aviões israelenses bombardearam um centro de investigações científicas militares na zona de Jemrayya, a menos de 20 quilômetros ao noroeste de Damasco, ação que matou duas pessoas e feriu outras cinco.
Ele recordou que se trata do primeiro bombardeio de Tel Aviv contra objetivos no território sírio desde 2007.
Segundo as fontes estadunidenses citadas pelo jornal, sob condição de anonimato, o chefe da inteligência militar israelense, general Aviv Kohavi, encontra-se neste momento na capital estadunidense, onde se reuniu com o presidente da Junta de Chefes de Estado Maior das Forças Armadas, almirante Martin Dempsey.
O New York Times apontou que o ataque aconteceu depois de dias de intensas consultas entre os órgãos de segurança e inteligência com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, sobre um possível movimento de supostas armas químicas sírias para a organização Hezbolá.
Uma nota do Comando Geral do Exército e das Forças Armadas da Síria desmentiu na quarta-feira que as aeronaves de guerra israelenses tivessem atacado um comboio militar com armas na fronteira sírio-libanesa, como noticiaram meios de comunicação internacionais.
Síria e Israel estão tecnicamente em estado de guerra, mas têm mantido durante muito tempo uma paz precária ao longo de sua fronteira há décadas.
Organizações e governos de várias partes do mundo rechaçaram na quinta-feira a agressão contra a instalação científica perto de Damasco.
Segundo o chanceler libanês, Adnan Mansour, o fato constitui uma flagrante violação da soberania do país, que demonstra também que a conduta de Tel Aviv desde 1948 é uma ameaça permanente para a paz e a segurança árabe, assegurou.
Por sua vez, o Ministério de Relações Exteriores da Rússia assinalou em um comunicado que "Moscou recebeu com profunda preocupação a notícia do ataque aéreo israelense contra locais perto de Damasco".
"Consideramos que tal ataque é injustificável no território de um Estado soberano, o que constitui uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas, quaisquer que sejam as justificativas", afirmou a chancelaria desse país.
Fonte: Prensa Latina
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