Apesar de querer que Campos saia, a presidente não quer que esta decisão parta dela, a fim de que o teoricamente aliado – mas que só faz críticas ao governo e se lança a um projeto individual – não receba o título de vítima. O plano, no momento, é aguardar para que ele peça para sair, levando junto seus cargos, atitude que ele não deve tomar, uma vez que não se lançou oficialmente como candidato e insiste em dizer que discutirá 2014 apenas em 2014.
Para o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), a decisão precisa ser tomada logo. "O Eduardo Campos é candidato à Presidência e está em campanha. O governo tem de decidir logo essa situação. Não dá para ficar protelando até o final do ano, pois o PSB já rompeu com o governo", disse ele ao jornal O Estado de S.Paulo. "Separou, separou. Cada um vai para seu lado cuidar da vida. Só não pode ocupar os cargos no governo e fazer o papel de oposição", acrescentou.
Já o deputado Anthony Garotinho, líder do PR na Câmara, acredita que a atitude deve partir do pernambucano. "O mínimo que se espera agora é coerência por parte do PSB", declarou. Uma vez que assume o discurso de candidato, acrescenta Garotinho, Campos deveria entregar todos os cargos no governo. "Até para não criar constrangimentos à presidente Dilma, de ter que afastar ministros e outros quadros do PSB que integram seu governo, Eduardo Campos deveria chegar para seus indicados e proferir a famosa frase do Capitão Nascimento: 'Pede pra sair!'", disse o parlamentar.
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