Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/08/2013
O pico brilhante, logo à esquerda do centro, corresponde ao polo sul de Marte.[Imagem: NASA/JPL/ASI/ESA/Univ. of Rome/MOLA]
Há muito mais em Marte do que aquilo que pode ser visto a olho nu. Usando a tecnologia de radar, a sonda Mars Express pode "ver" vários quilômetros abaixo da superfície.
O radar cria imagens de sub-superfície enviando ondas de rádio de baixa frequência em direção ao planeta, ondas estas que são refletidas por qualquer superfície com que se deparem.
Se bem que a maioria dos raios são refletidos pela superfície do planeta, alguns conseguem penetrar o subsolo até encontrarem com superfícies que separam materiais diferentes, tais como as que separam rochas, água e gelo.
Analisando o eco - a sua intensidade e tempo de retorno - a Mars Express consegue determinar a que profundidade estão as diferentes capas.
Esta imagem de radar mostra um corte de 5.580 quilômetros através das terras altas do sul de Marte, criada pelo instrumento MARSIS (Radar Avançado para a Investigação da Ionosfera e do Subsolo de Marte).
O lado direito é dominado pela vasta Bacia de Hellas. Com 7 km de profundidade e 2.300 km de largura, é uma das maiores bacias de impacto do Sistema Solar.
O pico brilhante, logo à esquerda do centro, corresponde ao polo sul de Marte.
E é aqui que o radar demonstra todo o seu potencial, porque por baixo de uma grossa capa de dióxido de carbono e gelo o aparelho detectou múltiplas camadas que se acredita serem de gelo e pó.
Estas formações, conhecidas como os Depósitos Estratificados do Polo Sul, estendem-se até uma profundidade de 4 quilômetros.
Acredita-se que sejam o resultado de diferentes ciclos de alterações climáticas que afetaram Marte, provocando variações na sedimentação do pó e do gelo.
Pelos dados do radar, os cientistas estimaram que estes depósitos estratificados contêm água suficiente para cobrir todo o planeta com uma capa líquida de 11 metros de profundidade!
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