Portugal quebrou em maio deste ano e vive hoje uma greve geral pela primeira vez, desde 1988, convocada unitariamente pela três maiores centrais de trabalhadores do país. O esfarelamento da sociedade portuguesa, esmagada por um governo de direita que aplica, com requintes de virtuose, o programa de arrocho exigido pelos credores, uniu mais que as centrais.
Ontem, 120 personalidades portuguesas divulgaram um manifesto de adesão e convocação ao protesto. Entre os que chamam os trabalhadores à greve geral encontra-se o ex-presidente Mário Soares, cujo posicionamento ilustra a radicalidade de um arrocho que afronta até a complacência dos moderados históricos.
A derrota esmagadora dos socialistas espanhóis nas eleições do dia 20, depois de uma rendição irrestrita ao neoliberalismo, também pesou na guinada do PS português.
Sintomaticamente, no manifesto 'Mudança de Rumo', Soares e outros afirmam:
"Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional. Não podemos saudar democraticamente a chamada Primavera Árabe e temer nossas próprias ruas e praças".Em reforço, Soares acrescentou um diagnóstico que poderia ser assinado por lideranças de várias partes do mundo: "Fizemos muitos sacrifícios e estamos pior do que estávamos. Por isso é preciso mobilizar as pessoas. Para que digam 'não', não se pode fazer o que mandam os mercados , que são especuladores.Os Estados tem que dominar os mercados e não o contrário".
Ontem, 120 personalidades portuguesas divulgaram um manifesto de adesão e convocação ao protesto. Entre os que chamam os trabalhadores à greve geral encontra-se o ex-presidente Mário Soares, cujo posicionamento ilustra a radicalidade de um arrocho que afronta até a complacência dos moderados históricos.
A derrota esmagadora dos socialistas espanhóis nas eleições do dia 20, depois de uma rendição irrestrita ao neoliberalismo, também pesou na guinada do PS português.
Sintomaticamente, no manifesto 'Mudança de Rumo', Soares e outros afirmam:
"Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional. Não podemos saudar democraticamente a chamada Primavera Árabe e temer nossas próprias ruas e praças".Em reforço, Soares acrescentou um diagnóstico que poderia ser assinado por lideranças de várias partes do mundo: "Fizemos muitos sacrifícios e estamos pior do que estávamos. Por isso é preciso mobilizar as pessoas. Para que digam 'não', não se pode fazer o que mandam os mercados , que são especuladores.Os Estados tem que dominar os mercados e não o contrário".
Postado por Saul Leblon às 09:44
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