Laranjal do JariSão Paulo - Mesmo com protestos de cineastas estrangeiros e outras celebridades, investimentos no segmento de geração de energia na região amazônica serão cada vez mais comuns nos próximos anos. Isso porque a Amazônia Legal é o último grande reduto de potencial hídrico disponível no País.
No total, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - responsável pelo planejamento do setor energético no País e pela elaboração do Plano Decenal de Energia (PDE) -, em 2020 a Região Norte representará 85% da expansão em termos de potência instalada, utilizando usinas movidas pela força dos rios brasileiros. Além de possuir o maior número de usinas, estas serão as de maior capacidade, ultrapassando 1 mil MW de potência.
Se colocados em prática, todos os empreendimentos serão responsáveis por elevar a participação daquela porção do Brasil de 10% da capacidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) para 23% do total em apenas nove anos, expansão de 28,2 GW (considerando os empreendimentos já licitados e os que estão em projetos), o equivalente a duas vezes o tamanho de Itaipu, que responde por 20% do consumo de energia nacional.
Além disso, concentrará praticamente a metade da expansão de capacidade de geração projetada para o País nesse período. A estimativa da EPE é de que no horizonte decenal o Brasil tenha uma expansão de 61,5 GW, um acréscimo de 56% na oferta de eletricidade em 10 anos, quando alcançará 171,1 GW de potência instalada ante as 109,6 GW em 2010.
Nessa conta já estão incluídas as usinas que entrarão em operação até 2016 e já contratadas por meio de leilões. A Região Norte concentra 10 empreendimentos, que somam quase 22 GW de capacidade instalada, incluindo Belo Monte. Na segunda metade da década, o governo trabalha para viabilizar outras 11 usinas. De acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, após o leilão das usinas que não foram licitadas este ano por conta de licenciamento ambiental, São Manoel e Sinop, ambas no rio Teles Pires, as próximas deverão ser as duas usinas no rio Tapajós, a UHE Jatobá (2,336 mil MW) e a de São Luiz do Tapajós (6,1 mil MW). Além dessas, estão previstos empreendimentos para os rios Jamanxim e Tocantins.
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