Sede da companhia estatal egípcia de gás Egas o Cairo, Egito
O Egito rescindiu o contrato com a empresa israelense EMG para a exportação de gás a Israel, informou neste domingo uma fonte oficial egípcia do setor petroleiro, segundo a agência de notícias estatal Mena.
A fonte detalhou que a companhia nacional de gás natural EGAS e a Corporação Geral Egípcia de Petróleo notificaram a EMG da rescisão do contrato por "não cumprir o reembolso do gás comprado". Em Israel, o site do jornal Haaretzlembrava que o acordo para a venda de gás, considerado um dos pilares da paz entre os dois países, foi alcançado após um acordo político entre seus dois governos.
Até 2011, o Egito fornecia a Israel 7 bilhões de m³ de gás natural por ano, um compromisso que deveria vigorar até 2025 e que incluía uma opção de duplicar essa quantidade se as partes estivessem interessadas.
"O Egito não entende o que está fazendo. Esta decisão fará o país retroceder política e economicamente. É uma violação do acordo de paz com Israel", disse ao jornal uma fonte próxima à empresa israelense. O acordo de gás, com uma duração de 20 anos e assinado em 2005, foi o pilar da cooperação econômica entre ambos países após o acordo de paz assinado em 1979, lembrou o site do jornal estatal egípcio Al Ahram.
Desde a derrocada de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, o gasoduto que unia ambos estados foi alvo de 14 explosões perpetradas por grupos desconhecidos. A provisão estava interrompida desde o último dia 5 de fevereiro, quando o encanamento foi o alvo de um ataque.
Israel descobriu há dois anos um dos maiores poços de gás encontrados nesta última década no mundo todo, mas sua exploração não começará até pelo menos 2014 e ocorrerá de forma limitada.
EFE
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