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PEDRO SOARES
DO RIO
Com as mulheres mais escolarizadas e a maior oferta de trabalho no setor
de serviços, o número de pessoas ocupadas em trabalhos domésticos
(atividade que concentra muito mais mulheres) caiu de 6,2 milhões em
2001 para 6 milhões em 2011.DO RIO
A redução, diz o IBGE, foi mais forte entre as domésticas sem carteira assinada --de 13,2% das trabalhadores em geral em 2001 para 10,9% em 2011.
Segundo o IBGE, a menor oferta de empregadas domésticas fez aumentar a remuneração da categoria. Com o custo maior desse serviço e a dificuldade em contratar uma empregada, as mulheres passaram a dedicar mais horas de sua rotina diária a afazeres domésticos, de acordo com o instituto.
De 2006 para 2011, o tempo total dedicado pelas mulheres a afazeres domésticos subiu de 26,4 horas por semana para 27,7 horas --o número era, porém, maior em 2001 (30,9 horas). Em 2011, as mulheres gastavam 2,5 vezes mais tempo em tarefas do lar do que os homens (11,2 horas). Somada a jornada chamada produtiva ao tempo semanal gasto com o trabalho doméstico, as mulheres gastavam 6 horas a mais por semana do que os homens com os dois tipos de ocupação.
TRABALHO E FILHOS
Colocar os filhos na creche abre espaço para as mulheres se inserirem no mercado de trabalho. A taxa de ocupação (percentual de pessoas empregadas em relação ao total de pessoas com mais de 16 anos) das mulheres com filhos de 0 a 3 anos na escola era de 71,7% em 2011. Para as que não tinham nenhum filho nessa faixa etária matriculado, o percentual recuava para 43,9%.
DESLOCAMENTO
Mais ocupadas em casa, as mulheres também gastavam mais tempo de deslocamento para o trabalho. Enquanto 10,2% dos homens levavam até meia hora para chegar ao trabalho em 2011, esse percentual era de 9,2% para as mulheres. Em 2001, os percentuais eram menores --9,9% para eles e 7,6% para elas.
Entre brancos, o percentual de pessoas com deslocamentos de até meia hora se situava em 8,7% em 2011. Já para os negros, ficava em 11%.
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