Brasília
 - A EMBRAER, reconhecida internacionalmente pela fabricação de jatos 
comerciais e do Super Tucano, estuda fabricar navios e sistemas de 
monitoramento das fronteiras brasileiras. Foi o que assegurou o 
presidente da EMBRAER Defesa e Segurança, Luiz Carlos de Aguiar.
Nesta
 segunda-feira, 26, o Exército Brasileiro assinou contrato com o 
consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat 
Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas justamente pela 
EMBRAER Defesa e Segurança, para implementação da primeira fase do 
Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
De acordo com a empresa, o valor do contrato é de R$ 839 milhões.
A
 EMBRAER informou ainda que esta fase inicial do SISFRON contemplará o 
monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre 
na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e 
com a Bolívia, área que está sob a responsabilidade do Comando Militar 
do Oeste.
Nesta
 região, serão instalados subsistemas do SISFRON que estarão ligados à 
4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS), ao quartel-general
 do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), e ao Comando Central
 do Exército, em Brasília (DF).
No
 total, o SISFRON compreende a vigilância e proteção das fronteiras 
terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o 
Brasil de 11 países e se estende por dez estados e 27% do território 
nacional. 
Segundo
 Marcus Tollendal, presidente da Savis, "a nossa visão é entregar o 
SISFRON ao Exército Brasileiro para, posteriormente, exportar este 
modelo gerando empregos de alto valor agregado no País". 
Ele
 explicou que a Savis, empresa da EMBRAER Defesa e Segurança, foi criada
 para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle 
de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo 
com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END).
A
 empresa pretende fazer frente às necessidades brasileiras no setor de 
defesa e segurança estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, 
inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria 
nacional e a balança comercial brasileira.
Já
 a OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A é uma empresa brasileira de 
base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de 
vigilância aérea e terrestre, com centros tecnológicos e comerciais em 
Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).
Projetos
Luiz
 Carlos Aguiar não esconde o desejo da EMBRAER em fabricar navios de 
guerra. E este objetivo é motivado justamente pelo fortalecimento do 
setor Defesa no Brasil com a retomada de vários projetos militares e a 
recuperação de empresas que estavam à beira da falência.
Apenas
 no ano passado, o governo brasileiro investiu R$ 74 bilhões na área de 
defesa, 23% mais que o total investido em 2010. Além disso, para a 
EMBRAER, fazer um navio não é tão diferente quanto fazer um avião.
No
 entanto, para tirar o projeto de papel, a EMBRAER precisa encontrar um 
parceiro que fique responsável pelo casco. Para tanto, a empresa negocia
 com estaleiros nacionais e estrangeiros.
A
 EMBRAER está de olho no Programa de Reaparelhamento da Marinha, que já 
anunciou o interesse em adquirir 27 navios-patrulha de 500 toneladas por
 R$ 65 milhões cada.
Atualmente,
 a EMBRAER desenvolve um satélite e o cargueiro KC-390, com potencial de
 substituição de aeronaves antigas, de US$ 50 bilhões. 
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