Presidente da ANP sinaliza para normalização de relações com o Hamas, que controla a Cisjordânia
Agência Efe (02/12/12)
Uma multidão recepcionou a volta do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, neste domingo (02/12), no seu retorno à Cisjordânia, três dias depois da obtenção na ONU, por 138 votos contra nove, do status de Estado observador não-membro para a Palestina na entidade.
"Nós agora temos um Estado", disse Abbas em seu discurso, no centro da cidade de Ramallah, maior da Cisjordânia e a sede do governo da ANP. "A mensagem foi clara. Não estamos sós. O mundo está conosco, e Deus todo-poderoso também".
O presidente da ANP enfatizou a necessidade de unidade nacional, em um sinal de disposição para negociar novamente com o movimento radical islâmico Hamas, que governa a faixa de Gaza. "O mundo escreveu a certidão de nascimento do Estado da Palestina", disse. Segundo ele, a iniciativa é uma vitória de todos os palestinos, "de todas as forças políticas".
"Fomos a Nova York levar ao mundo o sonho de um povo, a mensagem de um povo que quer liberdade e independência. E o mundo disse, em voz alta, 'sim' ao Estado da Palestina, e 'não' à ocupação", diz Abbas, que afirma não temer as represálias israelenses.
O governo de Israel, que votou contra a mudança de status, respondeu imediatamente, autorizando a construção de mais três mil casas em assentamentos em territórios palestinos. Neste domingo, o Conselho de Ministros israelense afirmou que não reconhecerá a criação de um estado palestino e defende a construção de novos assentamentos.
Essas habitações estão situadas em territórios reivindicados pelos palestinos, baseados nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias (1967), que compreendem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e a porção oriental de Jerusalém – cidade que Israel considera sua capital “eterna” e “indivisível”.
(*) com agências de notícias internacionais
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