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Julian Assange mostra que a sua organização não
está paralisada e presta homenagem aos 232 jornalistas presos no mundo,
defendendo que “a verdadeira democracia não está na Casa Branca, está na
resistência das pessoas que usam a verdade contra as mentiras, desde a
praça Tahrir a Londres".
Assange falou pela segunda vez da janela da embaixada do Equador em Londres. Foto de Carl Gardener
"Há seis meses, 185 dias, que entrei neste edifício que se tornou a minha casa, o meu escritório e o meu refúgio", salientou Assange, que vive em reclusão desde que em junho se refugiou na embaixada do Equador que depois lhe concedeu asilo político, acolhendo a argumentação do editor da Wikileaks que, se fosse enviado para a Suécia, arriscava-se a ser extraditado para os Estados Unidos e ser condenado à pena de morte.
O editor da Wikileaks evocou ainda os jornalistas presos em todo o mundo, afirmando que, apesar de a sua própria liberdade estar limitada, ainda pode trabalhar e comunicar-se, ao contrário dos 232 jornalistas que estão na cadeia.
O jornalista australiano recordou que o Pentágono alegou recentemente que a Wikileaks era “um crime em marcha”, e que enquanto a Casa Branca tiver esta opinião e enquanto o governo australiano não o defender a ele, que é cidadão australiano, terá de se manter na embaixada. E acusou Washington de "ingerências na economia" do Equador e de interferência nas eleições presidenciais que decorrerão em janeiro naquele país.
"A verdadeira democracia não está na Casa Branca, está na resistência das pessoas armadas com a verdade contra as mentiras, desde a praça Tahrir [no Cairo] até Londres", defendeu.
Mas o fundador da Wikileaks abriu uma porta à negociação com as autoridades britânicas, que não lhe permitem a saída da embaixada: “A porta está aberta, e sempre esteve aberta para qualquer um que deseje usar os procedimentos padrão para falar comigo ou garantir-me passagem segura”, disse.
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