Do Jornal da Ciência
Júpiter, o maior planeta do sistema solar, possui uma massa 318 vezes maior que a da Terra.
Como se não bastasse sua grandiosidade ele ainda possuir 66
satélites, quatro deles descobertos em 1610 por Galileu Galilei. A
“Europa” é conhecida como uma das “luas de Galileu”, e de acordo com uma
pesquisa recente cientistas descobriram um composto de sal em sua
superfície.
O satélite Europa apresenta uma
superfície gelada e coberta de rachaduras marrom-avermelhada, que sempre
foram motivos de muitas pesquisas. O volume de água presente em Europa
chega a ser duas ou três vezes maior do que a água presente nos oceanos da Terra.
Utilizando o telescópio Keck, no Havaí, pesquisadores mapearam a
superfície de Europa, através de ondas infravermelhas com uma resolução
40 vezes maior do que obtidas anteriormente. Foi possível observar a
presença de sal de sulfato de magnésio, encontrado apenas em metade da
lua. A água congelada de Europa seria deste modo semelhante ao sabor
salgado dos oceanos da Terra.
Os pesquisadores acreditam que a origem dos sais pode do próprio oceano gigantesco
dessa lua. Alguns destes sais contêm magnésio que se combina com o
enxofre, o que explica o sulfato de magnésio visto apenas de um lado de
Europa.
O mar do outro lado contém algum outro composto de magnésio,
provavelmente o cloreto de magnésio. Os oceanos de Europa são ricos
também em sulfato, sódio e cloreto de potássio. O NaCl ou cloreto de
sódio, é o nosso famoso sal de cozinha, encontrado em abundância em todos os oceanos da Terra.
A presença destes compostos reforça a ideia de alguns cientistas que
afirmam que essa lua poderia abrigar organismos vivos semelhantes aos
encontrados em nosso próprio planeta.
Devido à capa de gelo que protege os oceanos das adversidades do
espaço, seria possível que Europa abrigasse vida como nos nossos mares.
A pesquisa será publicada na próxima edição da revista Astronomical Journal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário