Da Agência Brasil
Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou hoje (1º) o termo
de cooperação do Plano Inova Energia, por meio do qual serão investidos
R$ 3 bilhões no desenvolvimento da área energética no país.
Para o projeto, o BNDES disponibilizará um orçamento de R$ 1,2
bilhão, que formará o fundo de financiamento com mais R$ 1,2 bilhão da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 600 milhões da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com esse orçamento, empresas
sediadas no Brasil poderão receber créditos com taxas reduzidas,
subvenções e dinheiro não reembolsável para o desenvolvimento de
pesquisas.
Segundo Coutinho, o foco do plano é a empresa privada. “Esses
recursos estão sendo oferecidos para que o setor privado assuma a
liderança. No Brasil, em geral, o gasto em ciência, tecnologia e
inovação está muito concentrado nas universidades, no setor público. Ele
precisa, agora, da liderança das empresas”, declarou.
O plano abrange quatro linhas de inovação: redes inteligentes, que
distribuem a energia de maneira mais eficiente; melhoria na transmissão
de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar e
termossolar; e desenvolvimento de dispositivos eficientes para veículos
elétricos, que possam contribuir para a redução na emissão de poluentes
nas cidades.
O lançamento do plano ocorreu pela manhã, durante um fórum promovido
pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), e
logo mais será apresentado em detalhes aos empresários. “Esperamos,
hoje, em reunião com a equipe do BNDES, mobilizar as empresas aqui
presentes no fórum”, disse Coutinho.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp,
disse que o plano de energia é parte do Programa Inova Empresa, cujo
investimento de R$ 32,5 bilhões é focado em campos estratégicos. “O
governo conduz esse programa com mais 11 ministérios. São recursos
substanciais que estão sendo disponibilizados”, disse.
O presidente do BNDES espera que, em um prazo de dois anos, os
investimentos do Plano Inova Energia comecem a dar resultados. Segundo
ele, em 2013, haverá crescimento do investimento em projetos
semelhantes. “No ano passado, foram gastos R$ 2,6 bilhões em projetos de
inovação. Este ano, esperamos chegar a pelo menos R$ 3,5 bilhões em
várias áreas”, estimou.
Coutinho disse ainda que estão previstos outros planos que estimulam
inovação nas áreas da saúde, como de vacinas e fármacos; aeroespacial e
defesa; tecnologia da informação e comunicações; e agronegócio.
Edição: Davi Oliveira
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