Depois das denúncias no metrô,
envolvendo as empresas Siemens e Alstom, governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, terá que explicar a corrupção na Fundação para o
Desenvolvimento da Educação, que, nos últimos anos, liberou mais de R$
700 milhões em bolsas universitárias; até recentemente, a FDE era
comandada por José Bernardo Ortiz, homem de total confiança de Alckmin;
ontem, seu filho, José Bernardo Ortiz Júnior, teve seu mandato cassado
na prefeitura da rica cidade de Taubaté justamente em função dos desvios
na FDE, que alimentaram sua candidatura; é mais um escândalo que
conecta desvios no setor público ao financiamento de campanhas políticas
O problema é que, até recentemente, a FDE era comandada por um dos mais próximos auxiliares de Alckmin: José Bernardo Ortiz, que vem a ser o pai do prefeito cassado. Ortiz foi afastado do comando da FDE e teve seus bens bloqueados porque, segundo a Justiça, teria superfaturado licitações até para a compra de mochilas escolares. Mesmo com todas as suspeitas, Alckmin sempre reiterou a confiança em Ortiz (leia mais aqui). Segundo o Ministério Público, as mochilas teriam sido superfaturadas em R$ 11,5 milhões.
No entanto, café pequeno perto dos R$ 700 milhões distribuídos em bolsas universitárias nos últimos anos em São Paulo – o que fez com que instituições de ensino recém criadas se transformassem rapidamente em potências do setor (leia mais aqui).
Com a cassação de Ortiz Júnior, Alckmin se depara mais uma vez com um escândalo que conecta desvios de recursos no setor público ao financiamento de campanhas políticas. Exatamente como no caso do metrô.
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