DUBAI, 3 Ago (Reuters) - Hassan Rouhani tomou posse como presidente do Irã neste sábado, prometendo "interação construtiva com o mundo" após oito anos sob Mahmoud Ahmadinejad marcados por confrontos diplomáticos e sanções danosas.
A retumbante vitória do clérico de 64 anos politicamente moderado nas eleições de junho levantou esperanças de um fim negociado à disputa sobre o programa nuclear iraniano e um relaxamento das sanções que atingiram as exportações de petróleo do membro da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep).
Isso pode evitar uma possível nova guerra no Oriente Médio. Tanto os Estados Unidos quanto Israel têm dito que todas as opções --incluindo ação militar-- estão abertas para impedir que o Irã consiga armas nucleares.
O líder supremo aiatolá Ali Khamenei apoiou a eleição de Rouhani em um comunicado lido para autoridades políticas, religiosas e militares reunidas em um local religioso em Teerã.
Khamenei elogiou a "seleção de um individuo digno que tem mais de três décadas de serviço ao sistema da República Islâmica ... e que desde a época da luta revolucionária ... tem resistido aos inimigos da Revolução Islâmica".
Simbolizando a transferência de poder, Khamenei tomou o mandato presidencial de Ahmadinejad e entregou o documento a Rouhani.
Khamenei beijou então Rouhani no rosto e o novo presidente beijou o líder em seu ombro, um sinal de suplício.
O início da presidência de Rouhani põe fim a oito anos de Ahmadinejad no cargo durante o qual o Irã ficou mais isolado e recebeu amplas sanções da Nações Unidas, dos Estados Unidos e da União Europeia por seu programa nuclear.
Rouhani enfrenta enormes desafios, incluindo inflação que, segundo ele, atingiu 42 por cento no mês passado; desemprego e divisões políticas entre facções conservadoras, moderadas e reformistas.
"Moderação não significa desvio de princípios e não é conservadorismo face à mudança e desenvolvimento. Moderação ... é uma postura ativa e paciente na sociedade para se distanciar do abismo do extremismo", disse Rouhani em um discurso após tornar-se presidente.
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