ONU LIVRA SÍRIA DE INTERVENÇÃO MILITAR
Resolução aprovada por unanimidade exige a erradicação das armas químicas, mas não ameaça o presidente sírio, Bashar al-Assad, com uma ação militar automática se seu governo não cumprir a determinação
Por John Irish e Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS, 27 Set (Reuters) - O Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas adotou nesta sexta-feira
uma resolução que exige a erradicação das armas químicas da
Síria, mas não ameaça o presidente sírio, Bashar al-Assad, com
uma ação militar automática se seu governo não cumprir a
determinação.
NAÇÕES UNIDAS, 27 Set (Reuters) - O Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas adotou nesta sexta-feira
uma resolução que exige a erradicação das armas químicas da
Síria, mas não ameaça o presidente sírio, Bashar al-Assad, com
uma ação militar automática se seu governo não cumprir a
determinação.
A aprovação unânime do Conselho de Segurança, formado por
15 países, encerrou semanas de intensos debates diplomáticos
entre Rússia e Estados Unidos. A resolução é baseada em um
acordo que os dois países alcançaram em Genebra no início do
mês, após o ataque com gás sarin que matou centenas de
pessoas nos subúrbios de Damasco em 21 de agosto.
15 países, encerrou semanas de intensos debates diplomáticos
entre Rússia e Estados Unidos. A resolução é baseada em um
acordo que os dois países alcançaram em Genebra no início do
mês, após o ataque com gás sarin que matou centenas de
pessoas nos subúrbios de Damasco em 21 de agosto.
O acordo russo-americano evitou uma ação militar punitiva dos
EUA contra o governo de Assad, apontado por Washington como
responsável pelo ataque de agosto. Por outro lado, o governo
da Síria e seu aliado, a Rússia, responsabilizaram os rebeldes
que tentam derrubar o regime sírio pelo ataque.
EUA contra o governo de Assad, apontado por Washington como
responsável pelo ataque de agosto. Por outro lado, o governo
da Síria e seu aliado, a Rússia, responsabilizaram os rebeldes
que tentam derrubar o regime sírio pelo ataque.
Uma cláusula da resolução, descrita por diplomatas do Conselho
de Segurança como significativa, apoia formalmente um plano
para uma transição política na Síria que foi acordado em uma
conferência internacional em Genebra, em junho de 2012.
de Segurança como significativa, apoia formalmente um plano
para uma transição política na Síria que foi acordado em uma
conferência internacional em Genebra, em junho de 2012.
O presidente dos EUA, Barack Obama, havia considerado o
projeto de resolução da ONU uma "potencial enorme vitória para
a comunidade internacional", descrevendo-a como juridicamente
vinculativa, verificável e obrigatória.
projeto de resolução da ONU uma "potencial enorme vitória para
a comunidade internacional", descrevendo-a como juridicamente
vinculativa, verificável e obrigatória.
Um diplomata ocidental, falando sob condição de anonimato,
disse que a resolução desviou a atenção da hesitação de Obama
em relação ao conflito sírio. "Para os EUA, esta resolução desvia
a atenção de sua impotência", disse ele.
disse que a resolução desviou a atenção da hesitação de Obama
em relação ao conflito sírio. "Para os EUA, esta resolução desvia
a atenção de sua impotência", disse ele.
Assad concordou em destruir as armas químicas da Síria depois
da indignação global com o ataque com gás sarin nos subúrbios
de Damasco no mês passado, o pior ataque químico do mundo
em 25 anos.
da indignação global com o ataque com gás sarin nos subúrbios
de Damasco no mês passado, o pior ataque químico do mundo
em 25 anos.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que a Rússia continuará
trabalhando "energicamente" para ajudar a avançar as negociações
de paz na Síria.
trabalhando "energicamente" para ajudar a avançar as negociações
de paz na Síria.
"As pessoas continuam morrendo e civis pacíficos sofrem todos
os dias na Síria", disse à Assembleia-Geral da ONU. "Praticamente,
a única possibilidade hoje para colocar um fim a essa turbulência
é se mover de um impasse para um processo de solução política
para a crise síria".
os dias na Síria", disse à Assembleia-Geral da ONU. "Praticamente,
a única possibilidade hoje para colocar um fim a essa turbulência
é se mover de um impasse para um processo de solução política
para a crise síria".
Após a aprovação da resolução nesta sexta-feira, Lavrov afirmou
que o Conselho deve estar preparado para tomar ações punitivas
se for confirmado que a Síria violou o compromisso de destruir
seu arsenal químico.
que o Conselho deve estar preparado para tomar ações punitivas
se for confirmado que a Síria violou o compromisso de destruir
seu arsenal químico.
"O Conselho de Segurança das Nações Unidas ... vai ficar pronto
para agir nos termos do Capítulo 7 da Carta da (ONU), muito
claramente", disse Lavrov.
para agir nos termos do Capítulo 7 da Carta da (ONU), muito
claramente", disse Lavrov.
Ele se referia à parte da Carta da ONU que autoriza o Conselho
a usar sanções ou força militar para impor suas decisões. Se isso for necessário no caso sírio, uma nova resolução terá de ser votada.
a usar sanções ou força militar para impor suas decisões. Se isso for necessário no caso sírio, uma nova resolução terá de ser votada.
Separadamente, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse
que as potências mundiais pretendem realizar uma conferência
internacional de paz em meados de novembro para ajudar a pôr
fim aos dois anos e meio de guerra civil na Síria.
que as potências mundiais pretendem realizar uma conferência
internacional de paz em meados de novembro para ajudar a pôr
fim aos dois anos e meio de guerra civil na Síria.
Mais cedo nesta sexta-feira, a Organização para a Proibição de
Armas Químicas (Opaq), composta por 41 membros, aprovou
uma decisão em Haia determinando procedimentos para verificar
rapidamente e destruir o arsenal de armas químicas da Síria. De
acordo com a decisão, inspetores deverão ser enviados à Síria a
partir de terça-feira.
Armas Químicas (Opaq), composta por 41 membros, aprovou
uma decisão em Haia determinando procedimentos para verificar
rapidamente e destruir o arsenal de armas químicas da Síria. De
acordo com a decisão, inspetores deverão ser enviados à Síria a
partir de terça-feira.
(Reportagem adicional de Jeff Mason e Louis Charbonneau)
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