Nayara Fraga
Depois da notícia de que o Facebook está próximo de estabelecer acordo com o governo americano para ter sua política de privacidade fiscalizada durante 20 anos, a rede social está se mostrando mais aberta para comentar como rastreia seus cerca de 800 milhões de usuários.
O diário americano explica que a empresa coleta dados de diferentes maneiras para cada tipo de usuário (o que acessa a rede social e está usando sua conta; os que estão desconectados da rede; e o que não têm conta no Facebook).
Entenda:
- O processo de rastreamento começa quando o usuário visita um perfil no Facebook. Se ele escolhe criar uma conta, a rede social insere um “browser cookie” e um “session cookie” no navegador usado, como Explorer, Firefox ou Google Chrome. Este último cookie memoriza: nome, e-mail, lista de amigos e preferências do usuário reveladas pelos botões “curtir”, além de IP, sistema operacional, versão do navegador e data e hora em que cada site com plug-in do Facebook foi acessado.
- Se o usuário navega em páginas do Facebook, mas não está conectado à rede ou não tem conta, apenas um “cookie” do navegador é ativado. Informações pessoais não são coletadas. É possível saber do usuário o IP, a resolução da tela, o sistema operacional, a versão do navegador, data e hora em que cada site com plug-in do Facebook foi acessado.
- Isso ajuda o Facebook a: manter a segurança, já que fica mais fácil identificar e bloquear contas falsas, ataques virtuais e links maliciosos; aprimorar a experiência do usuário, pois vê-se como estão sendo usados os plug-ins do Facebook em páginas de terceiros, como sites de notícias; e gerar receita, uma vez que os links patrocinados aparecem para os usuários de acordo com as informações que ele revela em seu perfil e com as preferências deduzidas pelos botões “curtir” clicados.
O diretor de engenharia do Facebook disse ao USA Today que, tecnicamente, seria possível saber por onde andam os usuários da rede pela web quando não estão conectados ao Facebook. Mas não é o que a empresa faz. “Nós dissemos que não fazemos isso. E nós não poderíamos fazer isso sem algum tipo de consentimento e divulgação”. Veja a matéria do USA Today aqui.
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