domingo, 20 de novembro de 2011

Direita vence eleições na Espanha com maioria absoluta 20/11/2011

DA EFE, EM MADRI
DA FRANCE PRESSE
Atualizado às 20h42.
O conservador Partido Popular obteve neste domingo uma vitória arrasadora nas eleições gerais espanholas, nas quais os socialistas do PSOE (Partido Socialista) tiveram o pior resultado na era democrática.
Segundo dados oficiais com base em 88,7% dos votos contabilizados, o PP de Mariano Rajoy obteve o melhor resultado de sua história, ao conquistar a maioria absoluta do Congresso dos Deputados com 44,4% dos votos e 186 cadeiras, enquanto os socialistas, com Alfredo Pérez Rubalcaba como candidato à Presidência de governo, conseguiram 28,6% dos votos e 110 cadeiras.
As eleições foram influenciadas pela crise que atinge o país e consequentemente pesaram sobre o governante Partido Socialista, que obteve o pior resultado de sua história na era democrática.

Após o resultado, Rajoy, do PP, afirmou que os espanhóis "vão combater a crise", e anunciou um "esforço solidário" para "todos", assegurando que "não haverá milagres".
"A Espanha é uma grande nação e o melhor que tem são os espanhóis, 46 milhões de espanhóis que vão combater a crise", afirmou Rajoy, antes de advertir: "Governarei a serviço da Espanha e de todos os espanhóis, procurando que em circunstância alguma alguém se sinta excluído da tarefa comum."
Os resultados indicam que o futuro Parlamento será mais fragmentado do que o atual, marcado pelo bipartidarismo do PP e do PSOE.
O afundamento dos socialistas beneficiou a Esquerda Unida, que obteve crescimento espetacular, passou de dois deputados nas eleições de 2008 para 11, pelos resultados parciais.
Também é significativa a forte irrupção da esquerda independentista basca, que pelas mãos da coalizão Amaiur, consegue entrar no Congresso com grupo parlamentar próprio (sete cadeiras).
Emilio Morenatti/Associated Press/Andrea Comas/Reuters
Mariano Rajoy, do Partido Popular (esq.) e Alfredo Rubalca, do Partido Socialista, votam neste domingo em Madri
Mariano Rajoy, do Partido Popular (esq.) e Alfredo Rubalca, do Partido Socialista, votam neste domingo em Madri
O retorno da esquerda basca a Madri ocorre após 15 anos de ausência, desde que, nas eleições de 1996, sob as siglas de Herri Batasuna, conseguisse dois deputados, um deles atualmente foragido da justiça e outro preso por envolvimento com o terrorismo.
Nestas eleições, nas quais houve participação de 70%, dez partidos minoritários conseguiram representação parlamentar, entre eles, além de IU e Amaiur, os nacionalistas catalães da CiU, o Partido Nacionalista Basco (PNV), e União Progresso e Democracia (UPyD).
À medida que os resultados da apuração eram conhecidos, inúmeros simpatizantes do PP se reuniram na sede madrilena do partido para comemorar a vitória eleitoral.
Os militantes e simpatizantes dançavam ao som da música da campanha, à espera da chegada do líder, Mariano Rajoy.
Muito diferente é o ambiente em frente à sede do PSOE, onde a tristeza é palpável diante da grande derrota dos socialistas.
A vitória do PP estava anunciada pelas pesquisas, depois que o PSOE de José Luis Rodríguez Zapatero sofreu enorme desgaste pela crise econômica, o alto desemprego de mais de 21% da população ativa e os ajustes aplicados no último ano, como a redução de salários dos funcionários e o congelamento de aposentadorias.

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