Em dois anos, país registra 180 pedidos de procura pelo insumo usado em itens de alta tecnologia como smartphones e tablets
O órgão do Ministério de Minas e Energia registra 214 requerimentos de autorização de pesquisa por terras raras desde a década de 1940, conforme levantamento feito pelo iG Economia no DNPM.
A maior parte dos pedidos, contudo, se concentra nos últimos dois anos. Em 2011, foram 106 requerimentos de autorização para pesquisar novas reservas de minerais raros como cério, lantânio e monazita. Os elementos são matérias-primas essenciais para produzir eletroeletrônicos de alto desempenho, como baterias de carros elétricos, circuitos de computadores e dispositivos de misseis.
Em 2011, os pedidos ao DNPM somaram 67 solicitações de estudos geológicos para identificar depósitos dos insumos minerais que estão por trás das telas de smartphones, notebooks e tablets.
No primeiro trimestre de 2012, os requerimentos formais feitos ao DNPM somam 11 registros de pesquisa. O volume é mais que o dobro do verificado em toda a década de 1990, por exemplo, quando apenas cinco requerimentos foram protocolados no órgão federal.
Minerais menos raros
Em 2011, busca por insumos da alta tecnologia foi maior que o total das últimas duas décadas.
Brasil pode ter 52 milhões de toneladas
O aumento na procura pelos insumos minerais coincide com a disparada de preços iniciada em 2009, após a China estabelecer a cota de 30 mil toneladas para exportação de terras raras em retaliação diplomática ao Japão - contencioso que ganhou dimensão global no mês passado, com Pequim sendo formalmente acusada pelos Estados Unidos e União Europeia por pratica de reserva de mercado junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). A China produz 95% das terras raras vendidas no mundo.
A procura acelerada por terras raras no Brasil coincide também com a estimativa realizada pelo Mineral Commodity Summary 2011, publicação mais importante da geologia mundial. O documento elaborada pelo US Geological Survey (USGS – sigla do serviço geológico dos EUA) indica o Brasil como a nova fronteira global dos minerais raros.
Segundo o USGS, o país tem mais de 52 milhões de toneladas do insumo ainda não exploradas. O volume é imensamente superior as 48 mil toneladas comprovadas em solo brasileiro atualmente. Não à toa, gigantes como a Vale estão tocando pesquisas para identificar novas reservas.
O aumento na procura pelos insumos minerais coincide com a disparada de preços iniciada em 2009, após a China estabelecer a cota de 30 mil toneladas para exportação de terras raras em retaliação diplomática ao Japão - contencioso que ganhou dimensão global no mês passado, com Pequim sendo formalmente acusada pelos Estados Unidos e União Europeia por pratica de reserva de mercado junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). A China produz 95% das terras raras vendidas no mundo.
A procura acelerada por terras raras no Brasil coincide também com a estimativa realizada pelo Mineral Commodity Summary 2011, publicação mais importante da geologia mundial. O documento elaborada pelo US Geological Survey (USGS – sigla do serviço geológico dos EUA) indica o Brasil como a nova fronteira global dos minerais raros.
Segundo o USGS, o país tem mais de 52 milhões de toneladas do insumo ainda não exploradas. O volume é imensamente superior as 48 mil toneladas comprovadas em solo brasileiro atualmente. Não à toa, gigantes como a Vale estão tocando pesquisas para identificar novas reservas.
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