Secretário
de Defesa dos EUA, Leon Panetta (esq.), cumprimenta chefe da equipe do
general Ma Xiao Rian (dir.), da China, e o embaixador dos EUA no país
Gary Locke (centro) no aeroporto internacional de Pequim nesta segunda
(17). - Foto: REUTERS
O governo chinês pediu nesta
segunda-feira ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta -
que está iniciando uma visita oficial à China - que Washington se
mantenha afastado do conflito diplomático entre Pequim e Tóquio em torno
das ilhas Senkaku/Diaoyu.
"Esperamos que os Estados Unidos possam honrar, seriamente, seu
princípio de não se posicionar na questão das ilhas Diaoyu", afirmou em
entrevista coletiva o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores
chinês Hong Lei.
Hong rejeitou assim as ofertas de Panetta, que hoje e amanhã está visitando o gigante asiático, para que os EUA sirvam de moderadores no tenso conflito que Pequim e Tóquio vivem pela soberania do arquipélago que os chineses chamam Diaoyu, e que gerou violentos protestos antijaponeses em cidades da China.
Os veículos oficiais chineses acusam os EUA de jogar nos dois lados do conflito, já que, se por um lado Washington se apresenta diante de Pequim como "neutro", para Tóquio afirma que seu pacto bilateral de segurança com o Japão também inclui o território das ilhas Senkaku. "Washington deveria desencorajar as provocações do Japão e retificar sua posição equivocada de aplicar o tratado de segurança às ilhas Diaoyu", disse hoje sobre um artigo de opinião da agência oficial Xinhua.
Hong foi questionado hoje pelos ataques contra interesses japoneses que aconteceram no fim de semana em várias cidades da China - que forçaram empresas japonesas como Panasonic e Canon a paralisar as atividades no país - e prometeu proteger "os interesses estrangeiros em solo chinês" mas também pediu a Tóquio que assuma parte da responsabilidade pelos distúrbios.
"O andamento da situação depende de se o Japão pode enfrentar o apelo do povo chinês e corrigir sua atitude", afirmou o chanceler, acrescentando que Tóquio "deve corrigir seus erros e voltar ao caminho das negociações".
Alguns jornais divulgaram que em um dos protestos, em Cantão (sul), quebraram um carro oficial do Consulado italiano, enquanto em outro, em Xian (norte), um estudante morreu esmagado pela multidão, notícias que, embora Hong não tenha confirmado, o levaram a pedir moderação. "Pedimos à opinião pública que se expresse de forma legal, racional e ordenada", disse.
Situadas a 250 km do litoral da China continental e a 200 km a oeste do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Diaoyu/Senkaku, cujas águas podem ter grandes recursos marítimos e energéticos, foram motivo de disputa entre chineses, japoneses e taiuaneses durante décadas. O conflito foi reaberto nas últimas semanas, pela compra no início deste mês de três de suas ilhas por parte do governo japonês a empresários japoneses privados.
Teme-se uma piora do conflito amanhã, já que o chamado "Incidente de Mukden", que levou o Japão a invadir em 1931 o território chinês de Manchúria, faz aniversário amanhã, e isso poderia representar uma desculpa para mais protestos anti-japoneses em território chinês. Além disso, o iminente fim da proibição de pesca no Mar da China Oriental levará pescadores chineses a viajarem ao arquipélago para trabalhar, apesar à oposição japonesa.
"As águas das Diaoyu estão sob jurisdição chinesa, e os pescadores chineses pescaram ali durante gerações", comentou hoje o porta-voz de Relações Exteriores chinês, sublinhando que depende das condições meteorológicas, entre outros fatores, para que estes viajem à região em conflito.
Hong rejeitou assim as ofertas de Panetta, que hoje e amanhã está visitando o gigante asiático, para que os EUA sirvam de moderadores no tenso conflito que Pequim e Tóquio vivem pela soberania do arquipélago que os chineses chamam Diaoyu, e que gerou violentos protestos antijaponeses em cidades da China.
Os veículos oficiais chineses acusam os EUA de jogar nos dois lados do conflito, já que, se por um lado Washington se apresenta diante de Pequim como "neutro", para Tóquio afirma que seu pacto bilateral de segurança com o Japão também inclui o território das ilhas Senkaku. "Washington deveria desencorajar as provocações do Japão e retificar sua posição equivocada de aplicar o tratado de segurança às ilhas Diaoyu", disse hoje sobre um artigo de opinião da agência oficial Xinhua.
Hong foi questionado hoje pelos ataques contra interesses japoneses que aconteceram no fim de semana em várias cidades da China - que forçaram empresas japonesas como Panasonic e Canon a paralisar as atividades no país - e prometeu proteger "os interesses estrangeiros em solo chinês" mas também pediu a Tóquio que assuma parte da responsabilidade pelos distúrbios.
"O andamento da situação depende de se o Japão pode enfrentar o apelo do povo chinês e corrigir sua atitude", afirmou o chanceler, acrescentando que Tóquio "deve corrigir seus erros e voltar ao caminho das negociações".
Alguns jornais divulgaram que em um dos protestos, em Cantão (sul), quebraram um carro oficial do Consulado italiano, enquanto em outro, em Xian (norte), um estudante morreu esmagado pela multidão, notícias que, embora Hong não tenha confirmado, o levaram a pedir moderação. "Pedimos à opinião pública que se expresse de forma legal, racional e ordenada", disse.
Situadas a 250 km do litoral da China continental e a 200 km a oeste do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Diaoyu/Senkaku, cujas águas podem ter grandes recursos marítimos e energéticos, foram motivo de disputa entre chineses, japoneses e taiuaneses durante décadas. O conflito foi reaberto nas últimas semanas, pela compra no início deste mês de três de suas ilhas por parte do governo japonês a empresários japoneses privados.
Teme-se uma piora do conflito amanhã, já que o chamado "Incidente de Mukden", que levou o Japão a invadir em 1931 o território chinês de Manchúria, faz aniversário amanhã, e isso poderia representar uma desculpa para mais protestos anti-japoneses em território chinês. Além disso, o iminente fim da proibição de pesca no Mar da China Oriental levará pescadores chineses a viajarem ao arquipélago para trabalhar, apesar à oposição japonesa.
"As águas das Diaoyu estão sob jurisdição chinesa, e os pescadores chineses pescaram ali durante gerações", comentou hoje o porta-voz de Relações Exteriores chinês, sublinhando que depende das condições meteorológicas, entre outros fatores, para que estes viajem à região em conflito.
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